O ex‑presidente Jair Bolsonaro foi submetido nesta quinta‑feira a uma cirurgia para correção de hérnia inguinal bilateral em um hospital particular de Brasília, procedimento que durou pouco mais de três horas e, segundo a equipe médica, transcorreu sem intercorrências.[5][7]
A operação foi realizada após autorização do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, e seguiu avaliação médica e perícia da Polícia Federal que atestaram a necessidade do procedimento.[1][5] Segundo o cirurgião responsável, Cláudio Birolini, havia hérnia em ambos os lados da virilha; a do lado esquerdo estava em estágio inicial e menor que a do lado direito, mas os médicos optaram por corrigir as duas ao mesmo tempo para evitar nova cirurgia no futuro.[5][7] Durante a intervenção, feita sob anestesia geral, foi implantada uma tela de polipropileno na parte interna da parede abdominal para reforçar a região e reduzir o risco de novas hérnias.[5][7]
A equipe médica informou que o ex‑presidente ficará em observação por alguns dias e que a previsão de recuperação inicial é entre cinco e sete dias, tempo durante o qual receberá analgesia, fisioterapia motora e medidas para prevenção de trombose venosa, como forma de evitar complicações vasculares.[5][10] Enquanto estiver internado, Bolsonaro será vigiado 24 horas por dia, com dois agentes da Polícia Federal na porta do quarto e outras equipes de segurança nas imediações, conforme determinação judicial que autorizou a transferência da Superintendência da PF para o hospital.[6][5]
Além da correção das hérnias, a equipe fará, nos próximos dias, avaliação e otimização do tratamento dos soluços persistentes que afetam o ex‑presidente há meses; o cardiologista que o acompanha afirmou que os soluços interferem na respiração e no sono, prejudicando a recuperação, e que a equipe pretende intensificar a medicação antes de decidir por eventual procedimento intervencionista.[5][7][10]
O procedimento e o acompanhamento foram registrados em boletins médicos divulgados pela equipe responsável, que reiteraram o caráter eletivo da cirurgia, o sucesso do ato cirúrgico e a continuidade do monitoramento clínico nos próximos dias.[7][10]
