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Júlio Lancelotti promove almoço de natal para moradores de rua em SP

A tarde desta quinta-feira de Natal reuniu moradores de rua na Casa de Oração do Povo da Rua, no centro de São Paulo, para o tradicional almoço oferecido pela instituição e com a participação do padre Júlio Lancellotti, conhecido por seu trabalho de acolhimento e assistência à população em situação de rua[3]. Logo no início da tarde, Lancellotti fez uma oração e acompanhou a distribuição da refeição, que seguiu a ordem de servir as crianças primeiro, depois as mulheres, enquanto os homens aguardavam pacientemente, num ambiente de silêncio respeitoso que os voluntários chamaram de “almoço de família”[3].

A Casa de Oração do Povo da Rua, mantida pela Arquidiocese e criada a partir de um pedido histórico feito por líderes da própria população em situação de rua, funciona como um ponto de apoio que oferece alimentação, roupas, pães e serviços de acolhimento e espiritualidade; a estrutura inclui cozinha, padaria e espaços para doações, além de pernoite em noites de frio intenso[1]. No Natal, a movimentação reforça tanto a capacidade de mobilização de voluntários quanto a dimensão simbólica do trabalho: mesas cheias que, ao mesmo tempo em que representam um gesto de solidariedade, lembram o crescimento da população em situação de rua na cidade[3][1].

Voluntários e coordenadores destacam o esforço diário para atender necessidades básicas: além do café da manhã e das marmitas distribuídas nas ruas, a Casa produz pães e mantém atividades espirituais e de convivência que visam oferecer suporte material e emocional às pessoas atendidas[1]. A coordenadora Ana Maria, que atua há décadas no local, e a equipe de cozinha trabalham intensamente em dias como o Natal, preparando pernil, saladas e acompanhamentos, e organizando a distribuição para atender centenas de presentes do público atendido[3][1].

Apesar do tom acolhedor das celebrações, a ação também evidencia desafios maiores: Lancellotti e os responsáveis pelo espaço apontam para a crescente desigualdade e o aumento do número de pessoas em situação de rua na capital, questões que transformam gestos pontuais de solidariedade em respostas temporárias frente a um problema estrutural[3]. A presença de líderes religiosos, voluntários e representantes da comunidade ajuda a manter o atendimento diário, mas interlocutores do campo social ressaltam que políticas públicas ampliadas são necessárias para enfrentar as causas que levam milhares de pessoas às ruas[1][3].

No fim da tarde, com o serviço de alimentação encerrado, a Casa mantinha a rotina de oferecer acompanhamento às pessoas que não têm para onde ir: doações, atendimento espiritual e encaminhamentos sociais seguem como parte do trabalho cotidiano da instituição, cuja história de mais de duas décadas a consolidou como referência de acolhimento para o chamado “povo da rua” em São Paulo[1][3].

Fonte: Agência Brasil – Matéria Original (Clique para ler)

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