O Carrefour Brasil comunicou que está apurando todos os fatos e tomando as providências cabíveis em relação à morte por espancamento de João Alberto Silveira Freitas por seguranças de uma loja do grupo em Porto Alegre (RS), na última quinta-feira.
“A companhia não compactua com esse tipo de atitude e, como mencionado acima, está adotando todas as medidas cabíveis para responsabilizar os envolvidos nesse ato criminoso”, afirmou em fato relevante à Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
As ações da companhia fecharam em queda de 5,3%, a 19,30 reais, no pior desempenho entre os papéis do Ibovespa, com uma perda em valor de mercado de 2,16 bilhões de reais.
Protestos contra racismo e ataques a lojas da rede ocorreram desde a sexta-feira após Freitas, de 40 anos, ser espancado até a morte na véspera do Dia da Consciência Negra.
Entre as medidas anunciadas, a rede rescindiu o contrato com a empresa que responde pelos seguranças, bem como prometeu reverter o resultado de lojas do Carrefour Brasil no dia 20 a projetos de combate ao racismo no país.
A companhia criou um fundo para promover a inclusão racial e o combate ao racismo, com aporte inicial de 25 milhões de reais, e disse estar trabalhando em mais ações e iniciativas em prol da cultura do respeito e da diversidade.
O Carrefour Brasil também disse que está em contato com a família de Freitas para dar todo suporte necessário.
Por Paula Arend Laier | Reuters