Por José Sobrinho
Olha, é impressionante como o cidadão paraibano não tem sossego, mal terminou a campanha e já tem uma turma entrando em campo pra outra. Vivemos aqui num clima de excitação eleitoral constante, numa tensão de expectativa/realidade que nunca chega ao fim. É uma loucura!
Nesse poço que nos metemos, a agua tá sempre sendo baldeada, impedindo que se estabilize e consiga chegar numa bebida límpida e cristalina, mal para as gentes. Tal realidade não é à toa, tenha certeza que é intencionalmente fabricada para passar uma sensação de luta sem fim, impedindo a assimilação da derrota/vitória pela massa eleitoral, já que o perdedor fede, enquanto o vencedor tem o delicioso perfume do poder, que atrai mais do que tudo. O jogo que não termina não deixa espaço pra carimbar quem tem cheiro e quem tem catinga… Conveniente.
Pois bem (ou pois mal), já se alardeia a dupla Romero Rodrigues e Nilvan Ferreira como a chapa que fará (ou faria?) frente ao Governador João no ainda longínquo pleito de 22. Não se sabe se é “verde pra colher maduro” ou se era algo já tramado nos calabouços do poder como estratégia de desviar o foco da provável (e concretizada) derrota do MDBista no pleito da capital, candidatura esta apoiada pela família Cunha Lima e Maranhão. A ideia, ao que parece, é continuar dando visibilidade aos prepostos representantes destes.
Nesse contexto, Nilvan, que se dizia apolítico, parece que tomou gosto pela brincadeira e não quer sair do parquinho, mal deu tempo de digerir a derrota, já se coloca a disposição de repetir o prato, será que sem dar tempo pra avaliar onde errou, o sabor não será o mesmo?
Já sobre Romero, alguém precisa avisá-lo que ainda tem mais uns 30 dias conduzindo os destinos de Campina Grande, e que ele cumpra seu contrato com a população campinense até o final, contendo o impulso de “correr o estado” em campanha fora de época, pelo menos até a posse do Cunha Lima que o sucederá.
Esse povo não trabalha não?
Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal NegoPB.