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Anvisa alerta para riscos de canetas emagrecedoras manipuladas

As chamadas canetas emagrecedoras, como Mounjaro e Ozempic, tornaram-se populares nas redes sociais e entre celebridades, levando a um aumento expressivo na busca por esses medicamentos por pessoas que querem perder peso rapidamente, muitas vezes sem acompanhamento médico e sem critérios seguros[1]. Diante desse cenário, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) emitiu alertas e passou a proibir a entrada e a comercialização de determinados produtos não registrados no país, destacando que a venda e o uso de canetas emagrecedoras falsas representam risco sério à saúde e constituem crime[2][4]. A proibição alcança medicamentos identificados por resoluções específicas, e a agência esclarece que remédios sem registro sanitário só podem, em regra, ser importados excepcionalmente para uso pessoal mediante prescrição e requisitos adicionais — e que, quando há proibição específica, a importação também fica suspensa[2][4].

Especialistas têm chamado atenção para perigos associados a versões manipuladas, de origem desconhecida ou falsificadas. A farmacêutica Natally Rosa afirma que expor-se a medicamentos fora das regulamentações aumenta significativamente os riscos, incluindo ausência de eficácia adequada e risco de contaminação[1]. A Anvisa reforça que medicamentos sem aprovação impedem a rastreabilidade em casos de eventos adversos e tornam impossível a adoção de medidas regulatórias se houver problemas, além de proibirem a comercialização com bula ou orientações em língua estrangeira, o que compromete a compreensão correta pelo paciente[2][4].

Para evitar fraudes e reduzir riscos, profissionais de saúde orientam cuidados na verificação da autenticidade do produto: observar apresentação física da embalagem, legibilidade do rótulo, idioma (deve estar em português), presença clara de lote e validade, e identificar com clareza o princípio ativo e as informações impressas[1]. Preços muito abaixo do mercado são outro sinal de alerta importante, já que, no Brasil, medicamentos agonistas de GLP‑1 aprovados ou em circulação legal exigem prescrição médica com retenção de receita[1][2]. A Anvisa ressalta também que a publicidade e a venda irregular desses produtos, inclusive pela internet, são práticas proibidas e motivaram as medidas para impedir o desvio de uso desses fármacos[2][4].

O crescimento do uso não supervisionado levanta preocupações médicas além da segurança do produto: efeitos adversos conhecidos dos agonistas de GLP‑1 incluem náuseas, vômitos e risco de problemas pancreáticos e gastrointestinais, entre outros, o que torna fundamental o acompanhamento por médico que avalie indicações, contraindicações e monitoramento[4]. A combinação da pressão das redes sociais, da oferta de produtos não regulados e da facilidade de compra pela internet cria um ambiente propício a fraudes e ao consumo inseguro, com consequências potencialmente graves para a saúde[1][3][5].

Autoridades sanitárias recomendam que pessoas interessadas em tratamento para perda de peso procurem avaliação médica, não comprem medicamentos fora da rede farmacêutica regular e denunciem ofertas suspeitas às autoridades competentes, uma vez que a comercialização e o uso de produtos não registrados ou falsificados são ilegais e perigosos[2][4].

Fonte: Agência Brasil – Matéria Original (Clique para ler)

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