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Anvisa proíbe duas substâncias utilizadas em unhas em gel

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proibiu o uso de duas substâncias químicas presentes em produtos para unhas em gel e esmaltação que precisam ser expostos à luz ultravioleta (UV) ou LED. As substâncias banidas são o TPO (óxido de difenil [2,4,6-trimetilbenzol] fosfina) e o DMPT (N,N-dimetil-p-toluidina), também conhecido como dimetiltolilamina (DMTA). A decisão foi tomada para proteger a saúde dos consumidores e, especialmente, dos profissionais que trabalham com esses produtos.

Estudos internacionais indicam que o DMPT tem potencial cancerígeno para humanos, enquanto o TPO é tóxico para a reprodução e pode prejudicar a fertilidade. A norma segue o padrão de segurança adotado pela União Europeia, que também proibiu recentemente esses ingredientes. A medida impede que produtos considerados inseguros em outros países sejam comercializados no Brasil em qualquer tipo de cosmético.

De acordo com a resolução da Anvisa, fica imediatamente proibida a fabricação, importação e concessão de novos registros ou notificações para produtos que contenham essas substâncias. As empresas e estabelecimentos comerciais têm um prazo de 90 dias para interromper a venda e o uso dos produtos já disponíveis no mercado. Após esse período, todos os registros e notificações serão cancelados e os itens remanescentes recolhidos das lojas e distribuidoras.

A diretora da Anvisa e relatora da norma, Daniela Marreco, ressaltou que embora o risco seja maior para os profissionais que lidam diariamente com os produtos, os consumidores também estão sujeitos a efeitos nocivos, o que reforça a necessidade de uma intervenção preventiva. Ela destacou que os efeitos adversos estão associados principalmente a exposições repetidas e prolongadas, e que a proibição imediata é uma medida de precaução para garantir a proteção da saúde pública.

Com essa resolução, o Brasil adota uma postura de prevenção frente aos riscos conhecidos dessas substâncias, alinhando-se a padrões internacionais e buscando evitar a continuidade da exposição a compostos sabidamente perigosos no segmento de cosméticos para unhas em gel.

Fonte: Agência Brasil – Matéria Original (Clique para ler)