O Paraná enfrenta uma situação climática e humanitária de grande impacto após a passagem de um tornado de intensidade rara, que devastou a cidade de Rio Bonito do Iguaçu na noite de sexta-feira (7). Imagens aéreas mostram bairros inteiros destruídos, com cerca de 90% da área urbana da cidade atingida. O fenômeno, classificado como tornado de categoria F3, registrou ventos que chegaram a 250 quilômetros por hora, causando colapsos estruturais, danos à malha viária e à rede elétrica. O saldo trágico até o momento é de seis mortes confirmadas, duas pessoas desaparecidas e mais de 600 feridos, sendo nove em estado grave.
Equipes de resgate de várias regiões do estado, incluindo Curitiba, foram mobilizadas para auxiliar nas buscas e no atendimento às vítimas. O cenário descrito pelos bombeiros é de guerra, com casas destelhadas, imóveis danificados e postes caídos. Um hospital de campanha foi montado para atender à demanda, e o governo do estado estuda decretar estado de emergência para facilitar a reconstrução dos locais atingidos.
Após os estragos causados pela frente fria que gerou o tornado, as condições de tempo no Paraná devem melhorar nos próximos dias. O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) prevê chuva a partir de quarta-feira (12), mas sem a mesma intensidade dos eventos recentes. O destaque agora é o frio, com o estacionamento de uma massa de ar frio sobre a região. A partir da madrugada deste sábado, as temperaturas devem cair significativamente, tanto no Paraná quanto em Santa Catarina.
Em Rio Bonito do Iguaçu, a temperatura deve oscilar entre 13 e 22 graus Celsius neste sábado, podendo chegar a 11°C no domingo. Na capital paranaense, Curitiba, a mínima será de 16°C neste sábado, caindo para 13°C no domingo e 12°C na segunda e terça-feira. A frente fria que causou as tempestades na Região Sul já se deslocou para o Sudeste, levando chuva e rajadas de vento para Rio de Janeiro e São Paulo.
A população de Rio Bonito do Iguaçu, estimada em cerca de 14 mil habitantes, enfrenta dificuldades para se abrigar, com milhares de pessoas desalojadas e dezenas desabrigadas. O apoio de equipes federais e estaduais é fundamental para o socorro e a recuperação da cidade, que sofreu uma das maiores catástrofes climáticas dos últimos 30 anos no estado.
