O jornal The New York Times produziu um minidocumentário, especialmente para sua versão online e redes sociais, sobre a importância da eleição presidencial de domingo (30/10) no Brasil para o futuro dos EUA e do mundo, tomando partido de Luiz Inácio Lula da Silva.
Embora seja conhecido por seus fortes posicionamentos em defesa da democracia, o tema escolhido pelo jornal para definir seu apoio e o tom de alerta da produção foi o meio-ambiente e a preservação da floresta Amazônica.
Para o New York Times, Bolsonaro representa uma ameaça à natureza, aos povos indígenas brasileiros e, por extensão, ao mundo inteiro, considerando a devastação que seu governo causou na Amazônia e a importância da floresta para equilibrar o clima mundial. “Todos nós precisamos desesperadamente de um novo presidente brasileiro que não queime tudo”, diz a narração do vídeo.
O vídeo de seis minutos de duração diz que um candidato é a favor da preservação da floresta e o outro, contra. “No ano passado, 18 árvores foram derrubadas por segundo”, afirma, lembrando que Lula deixou como legado uma excelente cobertura por satélite na região amazônica, mas que o atual governo fez questão de sabotar a agência fiscalizadora, o Ibama. “E a situação tem tudo para piorar”.
O vídeo se refere ao PL 2633, que recompensa grileiros. O jornal afirma que a proposta “pode ser a lei menos conhecida, mas com maior potencial destrutivo ao planeta no momento. Vamos chamá-la do que realmente é: a ‘Lei Recompense os Criminosos, Dane-se a Amazônia e Que a Terra Queime no Inferno'”.
Além da narração em inglês, o curta de pouco mais de 6 minutos dá voz à jovem líder indígena Txai Suruí, coordenadora do Movimento da Juventude Indígena e única brasileira que discursou na COP26, a Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima de 2021, realizada em Glasgow, na Escócia.
O New York Times já tem uma sólida tradição em documentários. Dois deles foram fundamentais para chamar atenção sobre os abusos cometidos contra Britney Spears, ajudando, no ano passado, a encerrar a tutela judicial a que a artista estava submetida desde 2008.
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