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Atividade econômica brasileira cresce 0,4% em agosto

O fortalecimento da atividade econômica brasileira em agosto foi confirmado com a divulgação do Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), que avançou 0,4% em relação a julho, segundo dados do Banco Central divulgados nesta quinta-feira. O indicador, que oferece uma medida antecipada e de acompanhamento do desempenho da economia nacional, considera informações sobre indústria, comércio, serviços, agropecuária e arrecadação tributária, ajustadas para fatores sazonais – o que permite observar a evolução mais recente do país, independentemente de variações típicas de cada época do ano.

Em relação a agosto do ano passado, sem o ajuste sazonal, o crescimento foi de 0,1%, e, no acumulado até o momento de 2025, alcançou 2,6%. No recorte dos últimos 12 meses, a alta ficou em 3,2%. O IBC-Br mostra, portanto, uma trajetória de crescimento embora em ritmo moderado, refletindo um cenário econômico que, apesar dos ventos internacionais adversos, consegue manter um curso positivo.

O índice assume relevância estratégica para o Comitê de Política Monetária (Copom) – órgão do Banco Central responsável por definir a taxa básica de juros, a Selic, hoje estabelecida em 15% ao ano. Isso porque o IBC-Br é um dos termômetros que ajudam a balizar o diagnóstico sobre o nível de aquecimento da atividade, além de influenciar as decisões sobre política monetária.

Com juros em patamares elevados, o Banco Central busca conter a inflação, que segue acima do centro da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional. Em setembro, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu 0,48%, impulsionado principalmente pela alta na conta de luz. No acumulado de doze meses, a inflação já soma 5,17%, ultrapassando o teto de 4,5% definido como limite para este ano. É justamente esse cenário de inflação persistentemente elevada – mesmo diante de uma atividade econômica ainda modesta nos últimos meses – que aponta para a manutenção de uma política monetária restritiva por mais tempo, conforme ressaltado na mais recente ata do Copom.

O IBC-Br, porém, não substitui o Produto Interno Bruto (PIB), principal indicador do crescimento econômico do País. Enquanto o PIB é calculado pelo IBGE, com metodologia e periodicidade distintas, o IBC-Br é divulgado mensalmente e tem como objetivo principal auxiliar o Banco Central a tomar decisões de política monetária. O último dado oficial do PIB já disponível, referente ao segundo trimestre de 2025, mostrou crescimento de 0,4% em relação ao trimestre anterior, reforçando a percepção de relativa estabilidade, embora sem grandes saltos.

Para o futuro, a expectativa é de que a autoridade monetária mantenha a taxa Selic elevada até que haja clareza quanto ao controle da inflação, mesmo com sinais de desaquecimento da atividade econômica em alguns setores. Esse dilema – entre o combate à inflação e o estímulo ao crescimento – segue sendo o grande desafio da política econômica brasileira neste segundo semestre de 2025, em um contexto global ainda marcado por incertezas. O comportamento do IBC-Br nos próximos meses será relevante para identificar se o Brasil consegue manter o ritmo positivo no cenário internacional ou se o ambiente de juros altos impactará mais fortemente o crescimento.

Fonte: Agência Brasil – Matéria Original (Clique para ler)
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