Nesta quarta-feira, 22 de outubro, famílias inscritas no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico) com Número de Inscrição Social (NIS) terminado em 3 estão recebendo o Auxílio Gás referente a outubro, no valor de R$ 108. O programa, que deve seguir até o fim de 2026, atende 5,01 milhões de lares em todo o país, beneficiando especialmente populações em situação de vulnerabilidade social. O valor repassado corresponde a 100% do preço médio nacional do botijão de gás de cozinha de 13 kg, monitorado pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
O pagamento segue o mesmo calendário do Bolsa Família, com depósitos escalonados até o dia 31 de outubro, quando serão contempladas as famílias com NIS terminado em 0. Para ter direito ao benefício, é necessário estar cadastrado no CadÚnico e possuir pelo menos um membro da família que receba o Benefício de Prestação Continuada (BPC). A legislação também garante preferência para mulheres responsáveis pelo lar e mulheres vítimas de violência doméstica, reforçando a estratégia de focalização em grupos mais expostos à insegurança alimentar e energética.
Apenas neste mês, o investimento do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome com o Auxílio Gás ultrapassa R$ 542 milhões, recurso fundamental para amenizar o impacto do aumento dos preços do gás no orçamento doméstico das famílias mais pobres. O benefício é pago bimestralmente, totalizando dois repasses por semestre, e pode ser movimentado por meio do aplicativo Caixa Tem, utilizado pela maioria dos beneficiários do Bolsa Família.
O Auxílio Gás foi criado ainda durante a pandemia de Covid-19 como uma resposta imediata ao encarecimento do gás de cozinha, mas se consolidou como política permanente, amparada por emenda constitucional aprovada no final de 2022. A região Nordeste concentra o maior número de beneficiários, com mais de 2,4 milhões de famílias atendidas em 1.794 municípios, seguida pela região Sudeste, que recebe um investimento superior a R$ 172 milhões, alcançando mais de 1,6 milhão de lares.
O programa, porém, vive uma transição. Em setembro, o governo federal lançou o Gás do Povo, que vai substituir gradualmente o Auxílio Gás. No novo modelo, as famílias deixam de receber o benefício em dinheiro e passam a retirar a recarga diretamente em revendedoras credenciadas. O objetivo é ampliar o acesso e o controle, além de triplicar o número de beneficiários, chegando a 15 milhões de famílias a partir de março de 2026. A mudança promete aumentar a eficiência, a transparência e o controle na distribuição do gás, mas ainda mantém o foco principal: garantir que a população mais vulnerável tenha acesso a um insumo essencial para a alimentação, moradia digna e combate à fome.
