O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou R$ 1,6 bilhão em créditos destinados a empresas brasileiras que foram afetadas pelas tarifas tarifárias impostas pelos Estados Unidos, conhecidas como “tarifaço”. Essa medida tem como objetivo principal apoiar essas empresas na busca por novos mercados internacionais e minimizar os impactos econômicos da sobretaxa americana de 50% aplicada sobre cerca de 3,8 mil itens exportados do Brasil para os Estados Unidos, vigente desde 6 de agosto após a assinatura da ordem executiva pelo presidente Donald Trump.
A liberação dos recursos faz parte do Plano Brasil Soberano, criado pelo governo federal para proteger exportadores brasileiros e preservar empregos. O tempo médio para análise e aprovação dos projetos foi reduzido a 18 dias, bem abaixo dos 60 dias habituais no BNDES, demonstrando maior agilidade para atender às demandas urgentes do setor produtivo. Ao todo, foram aprovadas 47 operações na linha Giro Diversificação, que incentiva a exploração de novos mercados para produtos como café, açúcar, equipamentos elétricos, alimentos e utensílios, totalizando valores significativos, com destaque para os R$ 220 milhões para açúcar e R$ 191,1 milhões para equipamentos elétricos.
As exportações beneficiadas por esses créditos têm como destinos países como Suíça, Reino Unido, Canadá, França, Argentina, Bolívia, Equador, Chile, Paraguai, República Dominicana e Uruguai. O presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, destacou que essa agilidade reflete o empenho dos funcionários do banco em atender ao chamado do presidente Lula de não deixar nenhuma empresa para trás. Ainda estão em análise outras 66 operações que somam mais R$ 2 bilhões em projetos similares, ampliando o suporte às empresas impactadas pelo tarifaço.
Além da linha Giro Diversificação, o Plano Brasil Soberano inclui outras medidas, como linhas de crédito com condições especiais para micro, pequenas e médias empresas exportadoras, prorrogação de tributos e apoio para manter ou ampliar os empregos. O objetivo geral é garantir fôlego financeiro e competitividade no mercado internacional, atenuando os efeitos negativos das tarifas impostas pelos Estados Unidos e assegurando a continuidade do desenvolvimento econômico brasileiro.

