O aborto voltou ao centro do debate nesta quarta (30), após o Congresso da Argentina aprovar a descriminalização do procedimento no país.
No Brasil, o aborto provocado é crime, com penas previstas de 1 a 3 anos de detenção para a gestante, e de 1 a 4 anos de reclusão para o médico ou qualquer outra pessoa que realize em outra pessoa o procedimento de retirada do feto. Em três situações específicas no Brasil o aborto provocado não é punível pela Lei. Essas três situações são: (1) para salvar a vida da mulher; (2) quando a gestação é resultante de um estupro ou (3) se o feto for anencefálico.
Nas redes sociais, o Presidente Jair Bolsonaro manisfestou sua posição atual contrária a matéria.
Bolsonaro fala o que seu público quer ouvir
O presidente Jair Bolsonaro, que criticou duramente a aprovação pelo Congresso argentino da descriminalização do aborto, teve outra postura no passado quando o assunto o envolveu diretamente.
Na entrevista de 2000, quando perguntado pela jornalista Cláudia Carneiro sobre sua posição em relação ao aborto, o então deputado Jair Bolsonaro respondeu: “Tem de ser uma decisão do casal”. Ele relatou ter sido instado a decidir sobre o assunto. “Já. Passei para a companheira. E a decisão dela foi manter. Está ali, ó”. Na ocasião, conforme relato da jornalista, Bolsonaro apontou para a foto no mural de Jair Renan, então com um ano e meio. Jair Renan, que hoje mora em Brasília, é o quarto dos cinco filhos do presidente. E dá sinais de que pretende entrar para a vida política, a exemplo do pai e dos três irmãos mais velhos. Somente 18 anos após a publicação da entrevista, durante a campanha presidencial, ele negou ter dado a declaração à jornalista e chamou o caso de fake news.
Redação NEGOPB