O ex-presidente Jair Bolsonaro admitiu ter tentado abrir a tornozeleira eletrônica que usava, utilizando um ferro de solda para tentar violar o equipamento. O episódio ocorreu no final da tarde de sexta-feira (21), conforme relatório da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária do Distrito Federal (Seap) encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF). No documento, consta que Bolsonaro afirmou ter agido por “curiosidade” ao tentar abrir o dispositivo.
O sistema do Centro Integrado de Monitoração Eletrônica (CIME) gerou um alerta de violação da tornozeleira às 00h07 deste sábado (22). Pouco tempo depois, Bolsonaro foi preso preventivamente pela Polícia Federal em Brasília. O ministro do STF, Alexandre de Moraes, retirou o sigilo sobre o relatório e o vídeo da Seap, nos quais o próprio ex-presidente reconhece a tentativa de adulterar o equipamento, e concedeu prazo de 24 horas para que a defesa de Bolsonaro se manifeste sobre o ocorrido.
O relatório aponta que o equipamento apresentava sinais claros de avaria, com marcas de queimadura em toda a sua circunferência, especialmente no local de encaixe e fechamento do case. Ao ser questionado sobre o instrumento utilizado, Bolsonaro confirmou que empregou um ferro de solda para tentar abrir o dispositivo. Após a constatação da tentativa de violação, a tornozeleira foi substituída por outro equipamento.
