Atacar hospitais é um “crime de guerra”, declarou, nesta terça-feira (09), uma alta funcionária das Nações Unidas em uma reunião de emergência do Conselho de Segurança da ONU. A declaração foi dada após o bombardeio de um hospital infantil em Okhmatdyt, na Ucrânia, resultando na morte de 38 pessoas, incluindo crianças, e 190 vítimas ficaram feridas.
“Dirigir ataques intencionalmente contra um hospital protegido é um crime de guerra e os perpetradores devem ser responsabilizados. (…). Estes incidentes fazem parte de um padrão alarmante de ataques sistemáticos contra centros de saúde e outras infraestruturas civis na Ucrânia”, afirmou Joyce Msuya, subsecretária interina da ONU para assuntos humanitários.
Além disso, uma missão de direitos humanos comandada pela ONU declarou, após uma visita feita hoje (09), que existe uma “alta probabilidade” de que os ataques tenham sido feitos por mísseis russos. Segundo esta missão, tal ataque faria parte de uma série de ofensivas contra diversos alvos na capital ucraniana.
Kiev, que acusa os russos de terem realizado o ataque, afirma que um míssil de cruzeiro russo Kh-101 atingiu o hospital. O Kremlin, por sua vez, diz que o ataque foi provocado pelos sistemas de defesa aérea ucranianos e que seus ataques são dirigidos apenas a alvos militares.