A edição de 2025 do Campeonato Mundial de Ginástica Artística, realizada em Jacarta, na Indonésia, encerrou sem medalhas para o Brasil. Pela primeira vez desde 2017, a equipe brasileira se despediu da competição sem ir ao pódio. A última esperança de medalha foi a ginasta Flávia Saraiva, que, na final da trave, terminou em quarto lugar.
Flávia se destacou ao se classificar para a final da trave com a segunda melhor nota nas eliminatórias, totalizando 13,833 pontos (5,5 pela dificuldade e 8,333 pela execução). Para brigar pelo pódio nestas finais, ela optou por uma série mais complexa, que valeu 5,7 de nota. Com os 8,200 pontos que recebeu pela realização da acrobacia, sem erros, Flávia totalizou 13,900 pontos. No entanto, as medalhistas obtiveram notas acima de 14, com movimentos ainda mais difíceis e cravados. O ouro foi conquistado pela chinesa Zhang Qingying, com a argelina Kaylia Nemour levando a prata e a japonesa Aiko Sugihara sendo bronze.
“Queria muito tirar esse peso de que, em finais, eu não acerto. Hoje, fiquei orgulhosa do meu trabalho, de tudo o que fiz ao longo do ano. Esta final foi um pouco atípica. Poucas erraram. Isso é ótimo para a ginástica, mostra o quanto está competitiva. Fiquei muito contente de abrir a final e acertar a série logo de cara. É sempre um desafio ser a primeira, mas consegui fazer exatamente o que vinha treinando”, disse Flávia Saraiva.
Além de Flávia, os ginastas Caio Souza e Diogo Soares também disputaram finais em Jacarta. No individual geral, Caio ficou em nono e Diogo em 17º. Caio ainda esteve na decisão das argolas, terminando em sexto lugar.
A ausência de Rebeca Andrade foi um fator determinante para o desempenho do Brasil. A ginasta paulista, responsável por quatro das seis medalhas do Brasil no Mundial de 2023, decidiu não competir em 2025. O desempenho na edição belga segue como o mais positivo da ginástica brasileira até hoje, com um ouro, três pratas e dois bronzes.

