O calor intenso que marca o início do verão no Brasil persiste em quase todo o país, com temperaturas superando as médias históricas em diversas regiões. Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), até o fim da tarde desta sexta-feira, os termômetros devem registrar marcas até 5°C acima do normal em partes do Paraná, Mato Grosso do Sul, Goiânia, Minas Gerais, Espírito Santo, São Paulo e Rio de Janeiro.
A combinação de altas temperaturas e umidade elevada favorece a formação de áreas de instabilidade, especialmente na região Sul e na faixa centro-norte do país, onde chuvas fortes e intensas são esperadas. Na Região Sul, a umidade vinda da Amazônia e áreas de baixa pressão promovem precipitações persistentes, acompanhadas de rajadas de vento que podem ultrapassar 100 km/h, descargas elétricas e, em pontos isolados, queda de granizo.
O Inmet emitiu alertas para chuvas intensas em partes dos estados do Norte, como Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins, além de Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, no Centro-Oeste. Esses eventos devem ocorrer entre a meia-noite de hoje e a meia-noite de sexta-feira, com potencial para temporais volumosos.
Essa configuração climática reflete o prognóstico para o verão 2025/2026, iniciado no domingo, com temperaturas acima da média em praticamente todo o território nacional. A onda de calor atual, que eleva as marcas em cidades como São Paulo – onde máximas acima de 35°C podem bater recordes para dezembro –, deve se estender até pelo menos o próximo domingo, afetando Sudeste, Centro-Oeste e Sul. No Norte e Nordeste, o calor predomina no interior, enquanto pancadas isoladas aliviam pontualmente as temperaturas.
As previsões indicam variabilidade nas chuvas, com volumes acima da média em áreas do Norte e Centro-Oeste, mas déficits em partes do Sul e Sudeste. Esse padrão, influenciado por sistemas regionais como a Zona de Convergência do Atlântico Sul, reforça a necessidade de atenção a riscos como deslizamentos, alagamentos e ventanias fortes, especialmente em regiões vulneráveis.

