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Capital paulista já vacinou mais de 11 mil gestantes contra o VSR

Ao menos 11.051 gestantes da cidade de São Paulo, a partir da 28ª semana de gestação, já receberam a vacina contra o vírus sincicial respiratório (VSR) desde o início da campanha, em 6 de dezembro. A iniciativa, promovida pela prefeitura em parceria com o Ministério da Saúde, visa proteger recém-nascidos de infecções graves, especialmente nos primeiros meses de vida, quando eles são mais vulneráveis.

O VSR é o principal agente causador de cerca de 75% dos casos de bronquiolite e 40% das pneumonias em crianças menores de 2 anos, levando a hospitalizações frequentes e complicações como dificuldades respiratórias. A vacina, administrada em dose única por gestação e sem restrição de idade para a mãe, oferece proteção imediata aos bebês por meio da transferência de anticorpos via placenta e leite materno, reduzindo significativamente o risco de formas graves da doença.

São Paulo recebeu cerca de 34 mil doses do imunizante, distribuídas para as Assistências Médicas Ambulatoriais (AMAs) e Unidades Básicas de Saúde (UBSs) Integradas, que atendem das 7h às 19h, de segunda a sábado. Para se vacinar, as gestantes devem apresentar documento de identificação e comprovante de pelo menos 28 semanas de gestação. A disponibilidade das doses pode ser verificada no site Olho na Fila, e a localização das unidades está disponível na plataforma Busca Saúde, facilitando o acesso à imunização.

A coordenadora de Vigilância em Saúde da prefeitura, Mariana Araújo, enfatiza a relevância da medida: a vacinação das gestantes garante a defesa dos bebês menores de 6 meses contra quadros graves de VSR. O Ministério da Saúde reforça que o imunizante pode ser aplicado simultaneamente às vacinas contra influenza e covid-19, orientando as equipes de saúde a atualizarem o calendário vacinal completo das grávidas.

Estudos clínicos, como o Matisse, comprovam a eficácia de 81,8% na prevenção de doenças respiratórias graves por VSR nos primeiros 90 dias de vida dos recém-nascidos. Em 2025, até 15 de novembro, o Brasil registrou 43,1 mil casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) provocados pelo vírus, com 35,5 mil hospitalizações em crianças menores de 2 anos, representando 82,5% do total.

Não existe tratamento específico para a bronquiolite causada pelo VSR, já que se trata de infecção viral. O manejo é de suporte, com hidratação, suplementação de oxigênio quando necessário e broncodilatadores para aliviar o chiado nas vias aéreas, destacando a importância da prevenção vacinal para evitar internações e complicações em bebês prematuros ou de baixo peso, que enfrentam riscos maiores. A campanha representa um avanço no SUS, incorporada ao Calendário Nacional de Vacinação da Gestante, com potencial para prevenir milhares de internações anuais no país.

Fonte: Agência Brasil – Matéria Original (Clique para ler)

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