Cientistas emitem alerta urgente: tempestade solar pode causar apagão global e caos nos transportes
Uma série de alertas recentes de agências espaciais e especialistas em clima espacial trouxe à tona um cenário preocupante: a Terra está vulnerável a uma tempestade solar de grandes proporções, capaz de provocar apagões globais, falhas em sistemas de comunicação e um colapso temporário nas redes de transporte e serviços essenciais.
O que está acontecendo no Sol?
O alarme foi disparado após uma sequência de intensas explosões solares, conhecidas como flares da classe X — o tipo mais poderoso de emissão de radiação solar. Essas explosões partiram da mancha solar AR4087, que se encontra atualmente voltada para a Terra. No dia 13 de maio, um flare X1.2 foi registrado, seguido por um ainda mais forte, X2.7, em 14 de maio. O resultado imediato foram blecautes de rádio em regiões da América do Norte e do Sul, Europa, África, Oriente Médio e Sudeste Asiático, com interrupções que duraram até dez minutos em alguns locais.

Por que o risco é tão alto agora?
O Sol está se aproximando do chamado “máximo solar”, o pico do seu ciclo de atividade de 11 anos, quando eventos extremos como esses se tornam mais frequentes e intensos. Cientistas da NASA, NOAA e especialistas em auroras afirmam que a atividade da mancha AR4087 ainda não atingiu o auge, e novas explosões podem ocorrer nos próximos dias, aumentando o risco de tempestades geomagnéticas severas.
Consequências para a Terra: do blackout à pane nos aviões
Uma tempestade solar intensa pode afetar a Terra de várias maneiras:
- Apagão de energia: Correntes induzidas por partículas solares podem sobrecarregar transformadores e linhas de transmissão, levando a blecautes que podem durar dias ou semanas, como ocorreu em Quebec, Canadá, em 19894.
- Falha de satélites e GPS: Satélites podem ser danificados ou sair de órbita, afetando desde a previsão do tempo até operações militares e navegação por GPS4.
- Colapso das comunicações: Sistemas de rádio, internet via satélite e até cabos submarinos de fibra óptica podem ser interrompidos, prejudicando transações bancárias, controle de tráfego aéreo e comunicações de emergência4.
- Transporte em risco: Aviões, navios e trens que dependem de GPS e rádio podem perder orientação, forçando cancelamentos e desvios de rotas. Sinais de trânsito e sistemas automáticos também podem falhar, causando congestionamentos e acidentes4.
Estamos preparados?
A resposta dos especialistas é preocupante: não. Uma simulação de emergência conduzida por agências governamentais dos EUA, incluindo a FEMA, revelou que a infraestrutura global está mal preparada para lidar com um evento solar extremo. O tempo de aviso entre a detecção de uma ejeção de massa coronal e sua chegada à Terra é de apenas algumas horas, dificultando a adoção de medidas preventivas eficazes, resultado: caos.