A região da Grande São Paulo sofreu um impacto econômico significativo com a falta de energia elétrica registrada na quarta-feira (10), decorrente de fortes ventos causados por um ciclone extratropical. Estima-se que o setor do comércio local deixou de faturar cerca de R$ 51,7 milhões devido à interrupção do fornecimento, conforme levantamento do Instituto de Economia Gastão Vidigal da Associação Comercial de São Paulo. A concessionária Enel reportou que mais de 2 milhões de clientes ficaram sem energia elétrica na capital e na região metropolitana naquele dia.
Os ventos atingiram velocidades superiores a 98 km/h, provocando quedas de cerca de 151 árvores na cidade, danos na rede elétrica, apagões em semáforos e o fechamento preventivo de parques públicos. Além disso, mais de 160 voos foram cancelados no Aeroporto de Congonhas devido às condições climáticas adversas. A Defesa Civil do Estado de São Paulo emitiu alertas para a população, informando sobre a severidade das rajadas de vento e o risco de novos transtornos.
Os prejuízos econômicos são especialmente acentuados pela redução das compras imediatas e das aquisições por impulso dos consumidores, que se tornam inviáveis durante longos períodos de falta de energia. O restabelecimento completo do fornecimento foi gradual, pois os efeitos do ciclone não foram homogêneos, afetando mais severamente determinadas regiões. A Enel mobilizou mais de mil equipes para reparar os danos e normalizar a situação, enquanto a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) solicitou explicações à concessionária sobre a falta de medidas preventivas frente à previsão do ciclone.
Além dos transtornos econômicos, a ventania causou impactos na mobilidade urbana, com lentidão no trânsito intensificada pela desativação de semáforos, e provocou danos materiais em diferentes pontos da Grande São Paulo, incluindo a queda do Papai Noel da decoração natalina na Avenida Paulista, símbolo do impacto das condições climáticas extremas na cidade. A situação permanece monitorada, com possibilidade de novos eventos climáticos severos até o dia seguinte, o que mantém a população em alerta e as autoridades em estado de prontidão para mitigar danos adicionais.
