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Compras de última hora agitam comércio popular em São Paulo

# Natal 2025: Consumidores em Busca de Ofertas Movimentam o Comércio Brasileiro nos Últimos Dias

O comércio brasileiro vive um período de intenso movimento nos últimos dias que antecedem o Natal. Segundo pesquisa da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), pelo menos 12,2 milhões de consumidores, o equivalente a 10% dos que pretendem presentear alguém, deixam as compras para a última hora[2]. O fenômeno reflete tanto a tradição do consumidor brasileiro quanto fatores econômicos específicos deste ano.

As razões para essa postura são variadas. Para 38% dos entrevistados, a esperança de encontrar promoções é o principal motivador[2]. Outros 25% aguardam o pagamento de salários ou da segunda parcela do 13º salário para fazer suas compras, enquanto 19% simplesmente admitem ser desorganizados[2]. Essa dinâmica impulsiona vendas expressivas nos shoppings centers e lojas de rua, especialmente em grandes centros como São Paulo.

O comércio tem respondido positivamente a essa demanda. Os shoppings centers brasileiros devem movimentar ao menos R$ 6,2 bilhões em vendas no Natal de 2025[1]. Para receber esse fluxo intenso, 85% dos shoppings planejam operar em horário diferenciado, abrindo uma hora mais cedo ou fechando uma hora mais tarde[1]. A expectativa é que 57% dos empreendimentos registrem aumento no fluxo de consumidores, com crescimento estimado de 1,0% na comparação com 2024[1].

O desempenho financeiro também apresenta sinais positivos. Oitenta e dois por cento dos shoppings esperam crescimento nas vendas em relação a 2024, com expansão média de 5,0%[1]. O ticket médio deve alcançar R$ 221,08 em 2025, um aumento de 3,4% em comparação ao Natal anterior[1]. Em outras regiões, como na região central de São Paulo, o ticket médio chega a R$ 250 em alguns estabelecimentos, refletindo maior disposição para gastar[1].

No contexto mais amplo, as projeções para o varejo brasileiro são otimistas. De acordo com a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), o varejo deve alcançar R$ 72,71 bilhões em vendas, o maior volume registrado nos últimos dez anos, representando um crescimento real de 2,1% em relação a 2024[9]. Quando considerado o movimento geral da economia, estimativas indicam que as vendas no comércio varejista devem movimentar R$ 84,9 bilhões[10].

A intenção de compra permanece forte entre os consumidores. Um total de 76% dos consumidores devem presentear alguém na data natalina, com expectativa de 124,3 milhões de pessoas indo às compras[10]. O valor médio pretendido é de R$ 174[10], com a maioria planejando adquirir quatro presentes[10]. Quarenta e um por cento dos consumidores desejam desembolsar mais em 2025 em comparação com 2024, enquanto 26% pretendem gastar menos e 23% manter o mesmo nível[10].

Pequenos negócios também se beneficiam desse movimento. Aproximadamente 1,8 milhão de pequenos negócios no Estado de São Paulo devem ser movimentados pelas compras de Natal, com gasto médio estimado de R$ 125 por item[3]. Desse total, 1,34 milhão são Microempreendedores Individuais (MEIs) e 534 mil são micro e pequenas empresas[3]. Os itens mais buscados incluem roupas e calçados (63%), produtos de beleza e perfumaria (48%) e brinquedos (43%)[3].

Quanto aos canais de compra, a preferência pelo atendimento presencial permanece forte. Trinta e dois por cento dos consumidores pretendem fazer todas as compras em lojas físicas e outros 32% realizar a maior parte nesse formato, enquanto apenas 4% optam por compras totalmente online[5]. Na busca por informações, 53% utilizam redes sociais, 52% recorrem a lojas virtuais e 51% visitam lojas físicas[5].

Para os consumidores que ainda vão às compras, a CNDL e o SPC Brasil recomendam cautela. O volume de pessoas nos dias que antecedem o Natal, a pressão do tempo e a menor disponibilidade de estoque podem levar a compras por impulso e endividamento[2]. É fundamental definir um teto de gastos rígido e resistir à pressão do momento para não comprometer o orçamento familiar nos meses seguintes.

Fonte: Agência Brasil – Matéria Original (Clique para ler)

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