No desenrolar de uma operação conjunta entre a Polícia Federal e a Polícia do Exército, o coronel Bernardo Romão Correa Neto foi detido ao desembarcar em Brasília, vindo dos Estados Unidos. A ação ocorreu na madrugada deste domingo (11) e marca mais um capítulo na investigação sobre supostas articulações para um golpe de Estado.
Correa Neto, alvo de um mandado de prisão preventiva emitido pelo ministro Alexandre de Moraes do Supremo Tribunal Federal (STF), teve sua chegada ao país monitorada pelas autoridades. Assim que pisou em solo brasileiro, foi conduzido pela Polícia Federal para os procedimentos de prisão e busca pessoal. Três passaportes, incluindo um diplomático, e um celular foram apreendidos durante a ação.
Transferido para a custódia da Polícia do Exército no Batalhão da Guarda Presidencial, em Brasília, Correa Neto passou por uma audiência de custódia ainda pela manhã, como informou o Supremo Tribunal.
As investigações da Polícia Federal, que culminaram na Operação Tempus Veritatis, revelaram diálogos entre Correa Neto e outros suspeitos, incluindo o coronel Marcelo Câmara, que indicam o suposto envolvimento do militar em planos para a desestabilização do Estado democrático de direito. Segundo as apurações, Correa Neto teria intermediado reuniões e selecionado oficiais com conhecimentos específicos, visando supostamente a consumação do golpe de Estado.
A prisão preventiva do coronel foi justificada pelas autoridades devido ao risco de interferência nas investigações e ao fato de que ele estava em missão nos Estados Unidos, cujo término estava previsto apenas para 2025.
Além de Correa Neto, outros três suspeitos foram detidos na operação anterior, incluindo Filipe Martins, ex-assessor especial do presidente Jair Bolsonaro, Marcelo Câmara, coronel da reserva do Exército e Rafael Martins, tenente-coronel do Exército.