A Corte Internacional de Justiça (CIJ), instituição liagada à ONU, liberou um parecer, nesta sexta-feira (19), em que afirma que o estado de Israel põe em prática ações de discriminação sistemática contra palestinos nos territórios ocupados da Cisjordânia. Tal documento é não vinculante, isto é, sua adoção não é obrigatória pelos Estados-membros das Nações Unidas.
No parecer, a CIJ afirma que a ocupação de territórios da Cisjordânia constitui, na realidade, uma anexação territorial, de tal maneira que deve ser encerrada “o mais rápido possível”. A corte também declara que o governo de Israel deve reparar os danos causados pela ocupação nos territórios palestinos.
A Cisjordânia, que deveria, de acordo com a comunidade internacional, ser um território palestino, na prática é um território controlado pelas Forças de Defesa de Israel com diversos assentamentos construídos exclusivamente para cidadãos israelenses.
O governo de Benjamin Netanyahu integra, em sua coalizão, extremistas que defendem a manutenção e ampliação de assentamentos judaicos na região da Cisjordânia.
Em maio deste ano, a CIJ demandou que Israel acabasse com suas operações militares em Rafah, território palestino, onde Israel promove uma campanha militar contra o Hamas, que controla politicamente o território.
A Corte Internacional de Justiça é o órgão máximo das Nações Unidas para deliberar sobre disputas entre Estados. Ela pode emitir decisões vinculantes, mas não dispõe de força policial para exigir que os países as cumpram.