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Crime organizado demanda articulação nacional, diz procurador do RJ

O procurador-geral de Justiça do Rio de Janeiro, Antonio José Campos Moreira, afirmou que o enfrentamento ao crime organizado exige uma articulação nacional e a implementação de políticas de Estado, e não apenas ações de governo, na área de segurança pública. Ele ressaltou a necessidade de uma resposta consistente por parte do Estado para preservar sua legitimidade, durante sua fala no XXVI Congresso Nacional do Ministério Público, realizado em Brasília. Moreira destacou que o Ministério Público deve atuar de forma coordenada, integrada e com estrutura adequada, evitando ações isoladas em seus órgãos de execução.

O procurador enfatizou a gravidade do cenário atual da criminalidade organizada no Brasil, citando o expressivo volume financeiro movimentado por essas organizações e, especificamente no Rio de Janeiro, o impressionante poder bélico das facções criminosas, que dispõem de verdadeiros exércitos equipados. Segundo ele, essa realidade é muito grave, pois a criminalidade organizada, historicamente subestimada, movimenta quantias vultosas e possui um enorme poder corruptor capaz de desequilibrar até a economia formal.

Moreira também ressaltou que a atuação do Ministério Público deve ser pautada pela prudência, equilíbrio e independência, evitando extremos como o radicalismo ideológico e discursos que defendem a redução do direito penal ou a extinção do processo penal. Segundo o procurador, é preciso evitar tanto o “processo penal mínimo” quanto a proposta de extinção do direito penal, reforçando a importância de um sistema jurídico equilibrado.

Sua fala ocorreu em um momento em que o tema da modernização e fortalecimento das instituições de justiça está em evidência, refletido na organização do congresso, que discute o papel do Ministério Público no futuro, com foco em justiça, transparência e inovação tecnológica, ampliando a capacidade de resposta às demandas da sociedade.

Antonio José Campos Moreira, que assumiu o cargo de procurador-geral em janeiro de 2025, é conhecido por sua trajetória na área jurídica, com destaque para a condução de importantes investigações no Rio de Janeiro, e tem reiterado a importância de um Ministério Público proativo, que olhe para a realidade social e priorize a proteção às vítimas.

Assim, sua mensagem durante o congresso reforça a urgência de uma ação institucional coordenada e estruturada para enfrentar a complexidade da criminalidade organizada, especialmente frente ao crescente poder e recursos das facções que atuam no estado do Rio de Janeiro e no país.

Fonte: Agência Brasil – Matéria Original (Clique para ler)
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