A Coreia do Norte disparou, nesta segunda-feira (18), mísseis balísticos de curto alcance no mar pela primeira vez em dois meses. O disparo ocorre no momento em que o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, visita Seul para uma conferência organizada pelo presidente do país, Yoon Suk Yeol, acerca do avanço da democracia.
As Forças Armadas da Coreia do Sul afirmaram que vários mísseis de curto alcance voaram cerca de 300 km depois de serem disparados de Pyongyang, aterrissando na costa leste. A Coreia do Sul condenou os lançamentos como uma “clara provocação”, acrescentando que estava compartilhando informações sobre eles com os Estados Unidos e o Japão.
Da mesma forma, o Departamento de Estado dos EUA condenou os lançamentos, dizendo que eles violaram várias resoluções do Conselho de Segurança da ONU, além de representarem uma ameaça à região.
O Ministério da Defesa do Japão disse que três mísseis foram lançados e percorreram cerca de 350 km, com uma altitude máxima de 50 km. O primeiro-ministro Fumio Kishida, por sua vez, criticou os lançamentos depois que a guarda costeira de seu país confirmou o disparo do que, segundo ela, parecia ser um míssil balístico . “A série de ações da Coreia do Norte ameaça a paz e a segurança de nossa região e da comunidade internacional, e é absolutamente inaceitável”, disse Kishida.
O ministro da defesa da Coreia do Sul, Shin Won-sik, disse que a Coreia Popular vem testando recentemente um novo tipo de míssil de curto alcance, de tal maneira que Seul e Washington estão monitorando se essas armas seriam enviadas para a Rússia. “Não está claro se os mísseis são para reforço da linha de frente ou para exportação para a Rússia”, afirmou Won-sik. “Mas há uma possibilidade significativa de que eles estivessem fazendo verificações finais de desempenho antes de exportá-los para a Rússia.”
A demonstração de força norte-coreana ocorre após as Forças Armadas da Coreia do Sul e dos EUA concluírem 10 dias de exercícios militares conjuntos em larga escala.