Home / Brasil e Mundo / Daniel Vorcaro, dono do Banco Master, é preso pela PF em Guarulhos

Daniel Vorcaro, dono do Banco Master, é preso pela PF em Guarulhos

O dono do Banco Master, Daniel Vorcaro, foi preso pela Polícia Federal no Aeroporto de Guarulhos enquanto tentava deixar o país. A detenção ocorre no âmbito da Operação Compliance Zero, deflagrada para investigar a emissão de títulos de crédito falsos por instituições do Sistema Financeiro Nacional. As investigações tiveram início em 2024 após requisição do Ministério Público Federal, que solicitou apuração sobre a possível fabricação e comercialização de carteiras de crédito insubsistentes por uma instituição financeira. Esses títulos teriam sido vendidos a outro banco e, após fiscalização do Banco Central, substituídos por outros ativos sem avaliação técnica adequada.

Além da prisão de Vorcaro, a operação cumpre cinco mandados de prisão preventiva, dois de prisão temporária e 25 mandados de busca e apreensão em cinco estados: Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Bahia e também no Distrito Federal. A Polícia Federal aponta crimes como gestão fraudulenta, gestão temerária e organização criminosa entre as irregularidades investigadas.

A prisão ocorreu um dia após o anúncio do Grupo Fictor Holding Financeira acerca da compra prevista do Banco Master, negociação que agora está suspensa devido à intervenção das autoridades. O Banco Central decretou a liquidação extrajudicial do Banco Master e de sua corretora de câmbio, medida que reforça a gravidade do caso.

Vorcaro foi detido pouco depois de embarcar em um avião particular, com a defesa alegando que a viagem era a negócios, com destino a Dubai. Ele está atualmente detido na Superintendência da Polícia Federal em São Paulo, e a Agência Brasil segue aberta para divulgar sua posição sobre o caso.

As autoridades destacam que o escândalo investigado tem dimensão bilionária, envolvendo fraude financeira complexa que abalou o sistema bancário nacional e mobilizou esforços coordenados entre Polícia Federal, Ministério Público e Banco Central para garantir o combate a essas práticas ilícitas.

Fonte: Agência Brasil – Matéria Original (Clique para ler)