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Deltan paga indenização a Lula por PowerPoint da Lava Jato

O ex-procurador da Operação Lava Jato Deltan Dallagnol efetuou o pagamento de R$ 146,8 mil a Luiz Inácio Lula da Silva, obedecendo à condenação por danos morais relacionada à apresentação em PowerPoint que apontava o então ex-presidente como o centro de uma suposta organização criminosa investigada pela força-tarefa[1]. O comprovante de depósito foi protocolado no Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) na primeira semana de dezembro, em execução da condenação, e o montante — segundo relatos — foi arrecadado por meio de doações de apoiadores[1][2].

Em 2016, Dallagnol usou uma apresentação pública com slides que colocavam Lula no centro de um esquema investigado na Operação Lava Jato; imagens com círculos e nomes foram amplamente repercutidas pela imprensa e redes sociais na época[1]. Lula havia pedido indenização por danos morais, e em março de 2022 o Superior Tribunal de Justiça (STJ) condenou Deltan ao pagamento de R$ 75 mil, valor que foi atualizado por correção monetária e juros até atingir os aproximadamente R$ 146,8 mil agora depositados[1][4].

Processos relativos às convicções contra Lula na Lava Jato foram posteriormente anulados pelo Supremo Tribunal Federal (STF) após entender que o então juiz Sérgio Moro agiu com parcialidade em processos envolvendo o ex-presidente[1]. Na ação que levou à condenação de Dallagnol, a defesa de Lula, então conduzida pelo advogado Cristiano Zanin — hoje ministro do STF — argumentou que a apresentação foi usada para acusar o ex-presidente de atuar como “comandante e maestro de uma organização criminosa”, postura que a corte entendeu como excessiva e ofensiva à honra de Lula[1].

Além desse episódio, Deltan teve trajetória política recente: elegeu-se deputado federal em 2022, mas teve o mandato cassado por decisão unânime do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em maio de 2023, após o tribunal concluir que ele pediu exoneração do cargo de procurador enquanto tramitavam processos administrativos que poderiam torná-lo inelegível[1]. Em declarações públicas ao ser cobrado sobre a obrigação de pagar a indenização, Dallagnol afirmou que “fez a coisa certa” e que “não se arrepende”[1].

Fontes: reportagens sobre o depósito e a atualização do valor da indenização, decisões do STJ sobre o caso e a repercussão pública da apresentação em PowerPoint[1][4][5].

Fonte: Agência Brasil – Matéria Original (Clique para ler)

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