No último domingo (14), o Deputado Estadual Gilberto Gomes da Silva, o “Cabo Gilberto”, compartilhou em seu perfil em uma rede social, montagem de fotos com a seguinte afirmação: “A luta é grande mas o Brasil vai vencer. Um dia seremos livres”. Confira a publicação:
Na publicação, a imagem feita a partir de montagem de fotos faz referência a minorias, usando como exemplo algumas personalidades do meio artístico e cultural, como a cantora Pablo Vittar e o ator Thammy Miranda, filho da atriz Gretchem.
O Deputado, conhecido por invadir hospitais, ser propagador de fake news e membro do “gabinete do ódio”, grupo montado pelo filho “02” do Presidente, Carlos Bolsonaro, para atacar adversários e promover linchamento virtual de reputações e que mantém atividade parlamentar irrisória, se limitando a perseguir setores sociais e bombardear o governo do Estado com requerimentos e pedidos de informação, que rapidamente se transformam em informações falsas e deturpadas em suas redes sociais e dos seus apoiadores, sendo alvo inclusive de reportagens nacionais sobre seu “modus operandi”.
Na postagem, não fica claro qual a forma ou método pelo qual o parlamentar acredita que o país ficará “livre” dos brasileiros com os quais não concorda ou não aprova o comportamento, a orientação sexual, política ou a cor da pele, mas podemos imaginar, a ideia em si, não é novidade.
Na contramão
No momento em que o mundo civilizado grita uníssono contra o racismo após o assassinato cruel do cidadão negro, George Floyd, por um policial branco na cidade norte-americana de Mineápolis, vivenciando as maiores manifestações da história por igualdade racial e o fim do extermínio de jovens negros com repercussão nas principais capitais mundiais entre elas Nova York, Londres, Paris e São Paulo.
No Brasil o crime de homofobia foi equiparado ao racismo em julgamento recente do Supremo Tribunal Federal.
Ao repercutir generalismos e preconceitos, o Deputado demonstra sua face mais odiosa, em nada contribuindo para a garantia de direitos e para a paz social, tão necessários para o país avançar e sair das crises, econômica, política e social em que se encontra, registrando segundo consórcio de imprensa 43.398 óbitos e 867.882 casos confirmados de COVID-19, no último registro divulgado.