Com o apoio de todos os partidos a Medida Provisória que libera quase R$ 2 bilhões para custear o contrato entre a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e o laboratório AstraZeneca foi aprovada e segue agora para o Senado. A proposta tem que ser analisada pelos senadores até esta quinta-feira (3), senão perde a validade. Parte do recurso já foi liberado pelo governo.
O imunizante contra a covid-19 será produzido pela Fiocruz, instituição vinculada ao Ministério da Saúde, em parceria com a farmacêutica Astrazeneca e a Universidade de Oxford. O laboratório anunciou que sua vacina tem taxa média de eficácia de 70%.
A verba aprovada pela Câmara dos Deputados virá da emissão de títulos públicos. Uma parte do dinheiro será usada para a compra de 100 milhões de doses da vacina e a outra, para investimentos na Fiocruz.
A relatora da MP, deputada Mariana Carvalho (PSDB-RO) rejeitou a emenda que destinava parte dos recursos ao Instituto Butantan. A deputada disse que é preciso achar outros caminhos, já que este foi para atender a uma necessidade específica da Fiocruz. Segundo a parlamentar, qualquer vacina segura e com eficácia comprovada e aprovada pela Anvisa será bem-vinda ao país.
Esta é a segunda vacina com contrato para começar a ser produzida no Brasil, quando tiver autorização da Anvisa.
Em São Paulo, o Instituto Butantan aguarda para fabricar a Coronavac. O laboratório chinês responsável pela produção do imunizante garante que ele é seguro, e conseguiu induzir a produção de anticorpos em 97% de seus voluntários testados. Entretanto, a eficácia ainda não foi informada.
Além da Coronavac e da vacina da AstraZeneca, mais dois imunizantes estão sendo testados no Brasil: os da Johnson & Jonhson e da BioNtech/Pfizer.