A taxa de desemprego no Brasil recuou para 5,6% no trimestre encerrado em setembro, igualando o menor índice registrado desde o início da série histórica em 2012, conforme dados divulgados pelo IBGE. Esse resultado representa uma redução de 3,3% no número de pessoas desempregadas em relação ao trimestre anterior e queda de 11,8% na comparação anual, alcançando o menor contingente da série, com 6,045 milhões de desocupados.
Ao mesmo tempo, a população em idade de trabalhar que está inserida no mercado se manteve estável, acima de 102 milhões, em nível recorde, com a taxa de ocupação em 58,7%. O número de trabalhadores com carteira assinada também atingiu um novo recorde, chegando a 39,2 milhões. Além disso, a renda média real do trabalhador subiu 4% em relação ao mesmo trimestre do ano anterior, alcançando R$ 3.507.
A análise por setores revela variações importantes: no trimestre, houve crescimento no número de ocupados nos setores de agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura, e na construção, ambos com aumento de 3,4%. Por outro lado, o comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas, e os serviços domésticos apresentaram queda no número de trabalhadores. Na comparação anual, destacam-se os aumentos significativos em transporte, armazenagem e correio (6,7%) e na administração pública, defesa, educação e saúde (3,9%). O único setor que registrou recuo relevante ao longo do ano foi o de serviços domésticos, com queda de 5,1%.
Esses resultados indicam um cenário de recuperação e fortalecimento do mercado de trabalho brasileiro, com aumento da estabilidade e expansão da ocupação formal, além de melhora na renda média dos trabalhadores. A manutenção da taxa de desemprego em seu menor patamar desde 2012 sinaliza avanços, embora algumas áreas ainda apresentem desafios, especialmente o setor de serviços domésticos.
