Dez estados brasileiros e o Distrito Federal registraram no terceiro trimestre de 2025 a menor taxa de desemprego desde o início da série histórica do IBGE, em 2012. Essa queda reflete uma significativa melhora no mercado de trabalho regional e nacional, com o Brasil apresentando uma taxa média de desemprego de 5,6%, o menor nível já registrado.
Os estados que bateram recordes de baixa no desemprego foram Bahia, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Sergipe e Tocantins. Além disso, Santa Catarina e Mato Grosso se destacaram com as menores taxas do país, ambas em 2,3%, ainda que Santa Catarina não tenha registrado sua menor taxa histórica neste trimestre. Essa taxa de 2,3% representa estabilidade em relação ao trimestre anterior, que foi de 2,2%.
A pesquisa que revela esses dados é a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua Trimestral do IBGE, que abrange pessoas com 14 anos ou mais e considera todas as formas de ocupação, incluindo trabalho com carteira assinada, temporário e por conta própria. Para ser considerado desempregado, o indivíduo deve ter procurado emprego nos 30 dias anteriores à pesquisa, que abrange 211 mil domicílios em todo o país.
As diferenças regionais no desemprego estão diretamente relacionadas às características econômicas locais. Estados como Santa Catarina apresentam menor desemprego, em parte, devido à maior representatividade da indústria formal. Por outro lado, regiões do Nordeste, que tradicionalmente têm maior desemprego, enfrentam desafios como menor desenvolvimento econômico e baixa escolarização, o que limita a oferta de mão de obra qualificada e dificulta o crescimento econômico.
No que diz respeito ao emprego formal, oito estados superiorizaram a média nacional de 74,4% de trabalhadores com carteira assinada no setor privado. Esses estados são Santa Catarina, São Paulo, Rio Grande do Sul, Mato Grosso do Sul, Paraná, Mato Grosso, Rio de Janeiro e Distrito Federal. Em contraste, sete estados apresentaram menos de 60% de trabalhadores com carteira assinada, entre eles Maranhão, Piauí, Paraíba, Pará, Acre, Ceará e Bahia, refletindo a informalidade maior nesses locais.
Além da melhora nas taxas de desemprego, o cenário nacional indica avanços na formalização do emprego e redução da desocupação de longo prazo. No Paraná, por exemplo, a taxa de desemprego no terceiro trimestre caiu para 3,5%, a menor para o período desde o início da série histórica, com um aumento em empregos formais e no rendimento médio dos trabalhadores, apontando um mercado de trabalho mais dinâmico e saudável.
Esse cenário positivo é acompanhado por uma menor taxa de desalento, ou seja, pessoas que desistiram de procurar emprego, e um aumento no número de pessoas ocupadas, incluindo os com carteira assinada, que atingiu recorde no Brasil. Esses dados refletem um mercado de trabalho mais ativo e uma recuperação econômica gradual em diversas regiões do país.

