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Economia brasileira cresce 0,1% no terceiro trimestre

A economia brasileira apresentou crescimento de 0,1% no terceiro trimestre de 2025 em comparação ao trimestre anterior, mantendo uma sequência de 17 trimestres consecutivos de expansão, embora esse resultado seja considerado, na prática, como estabilidade pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em valores absolutos, o Produto Interno Bruto (PIB) alcançou R$ 3,2 trilhões no período. Na comparação anual, o PIB cresceu 1,8%, e no acumulado dos últimos quatro trimestres, a alta foi de 2,7%.

O desempenho por setores mostrou destaque para a indústria, que cresceu 0,8%, seguida pela agropecuária, com aumento de 0,4%. O setor de serviços, que representa a maior parcela do PIB, teve crescimento quase nulo, de 0,1%. Dentro dos serviços, as maiores altas foram registradas em transporte, armazenagem e correio (2,7%), informação e comunicação (1,5%), e atividades imobiliárias (0,8%). O comércio cresceu 0,4% no trimestre.

Na indústria, a aceleração veio principalmente das indústrias extrativas (1,7%), construção (1,3%) e indústrias de transformação (0,3%), enquanto o segmento de eletricidade, gás, água, esgoto e gestão de resíduos recuou 1%. Pelo lado da demanda, o consumo das famílias manteve-se estável, com variação positiva de apenas 0,1%, enquanto o consumo do governo avançou 1,3%. Os investimentos, medidos pela Formação Bruta de Capital Fixo, cresceram 0,9%.

Apesar da continuidade no crescimento, o ritmo da economia desacelerou em comparação ao segundo trimestre de 2025, quando o PIB cresceu 0,4%. Essa desaceleração reflete um cenário de juros elevados, consumo das famílias enfraquecido e menor impulso nos investimentos. O setor produtivo tem mostrado movimentações mais fracas, e fatores externos como a desaceleração global, além de incertezas fiscais internas, contribuíram para esse resultado modesto.

Apesar do crescimento lento, as exportações tiveram um desempenho positivo, crescendo 3,3%, enquanto as importações aumentaram 0,3%. Economistas avaliam que o quarto trimestre de 2025 deve manter o padrão de crescimento lento, embora políticas de estímulo e possíveis cortes na taxa básica de juros possam dar algum suporte à atividade econômica nos próximos meses.

O PIB, que representa o conjunto de bens e serviços finais produzidos no país, é um indicador fundamental para entender o comportamento da economia, mas não capta aspectos como distribuição de renda e qualidade de vida da população. O crescimento moderado observado neste ano reflete um cenário desafiador para a economia brasileira, com perspectivas de progresso cauteloso para 2026.

Fonte: Agência Brasil – Matéria Original (Clique para ler)