Em um sábado nacional dedicado à prevenção, o Ministério da Saúde promoveu, em 18 de outubro de 2025, o Dia D da Campanha Nacional de Multivacinação, mobilizando mais de 30 mil postos de imunização em todo o território brasileiro. O objetivo central era atualizar o calendário vacinal de crianças e adolescentes com menos de 15 anos, garantindo que a caderneta de vacinação do público-alvo esteja em dia e protegendo a população contra doenças imunopreveníveis.
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, participou ativamente da mobilização e fez um apelo direto para pais e mães levarem seus filhos aos postos de saúde. “É fundamental que nossos meninos e meninas estejam protegidos. São mais de 25 mil salas de vacina abertas hoje, distribuindo cerca de 22 milhões de doses”, reforçou Padilha, destacando a magnitude do esforço nacional para ampliar as coberturas vacinais, especialmente em um contexto de queda nos índices de imunização nos últimos anos.
Disponibilizadas gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS), estão sendo oferecidas dezesseis tipos de vacinas, entre elas BCG, hepatite A e B, poliomielite, tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola), meningite, rotavírus, varicela, influenza, covid-19 e febre amarela. Além disso, três imunizantes foram ofertados para faixas etárias estendidas: HPV, disponível para adolescentes até 19 anos, e sarampo e febre amarela, incluindo adultos até 59 anos.
As equipes de saúde orientam que seja levada a caderneta de vacinação da criança ou do adolescente para que os profissionais possam avaliar quais doses são necessárias, conforme a idade e o histórico vacinal. Para facilitar o acompanhamento, o aplicativo Meu SUS Digital envia lembretes para próxima dose e permite consultar quais vacinas já foram aplicadas, tornando o processo mais transparente e acessível.
Em Fortaleza, por exemplo, 134 postos de saúde ficaram abertos no Dia D, reforçando a importância da conscientização sobre a prevenção. A secretária municipal de Saúde, Riane Azevedo, destacou que a mobilização também serve para lembrar adultos sobre a atualização de suas próprias vacinas, como covid-19 e influenza, especialmente para idosos. “Vacinar é prevenir doenças graves e complicações, proteger famílias e comunidades inteiras”, disse Azevedo, lembrando que mesmo após o Dia D, a imunização segue sendo ofertada durante todo o ano nas unidades básicas de saúde.
O Dia D reforça uma estratégia histórica e fundamental do país no enfrentamento de doenças. Desde o surgimento do Programa Nacional de Imunizações, o Brasil acumula conquistas no controle e erradicação de enfermidades — como a poliomielite e o sarampo, recentemente sob alerta devido ao risco de retorno. O combate às “fake news” sobre vacinas e a necessidade de atualizar o calendário vacinal coletivamente ficaram ainda mais evidentes durante o evento, em um movimento nacional de resgate da confiança na imunização.
A iniciativa, realizada em parceria com estados e municípios, simboliza a força e a capilaridade do SUS, fazendo com que a prevenção chegue a todos os cantos do país. Garantir a imunização, especialmente nesta faixa etária, é investir não só na saúde individual, mas na proteção coletiva, reduzindo o risco de surtos e mantendo o controle de enfermidades que já foram eliminadas no passado.
Na prática, o Dia D demonstra como a união entre governo, profissionais de saúde e população pode transformar a realidade sanitária brasileira, fazendo da vacinação um ato cotidiano de cidadania e responsabilidade compartilhada.
