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Especialista diz que é cedo para alarme com vírus K no Brasil

A identificação no Brasil do subclado K do vírus influenza A (H3N2), a chamada “gripe K”, foi confirmada em amostra coletada em Belém (PA) e, segundo autoridades e especialistas, por enquanto não há motivo para alarme, mas exige vigilância e reforço da vacinação. [1][8][3]

A notificação feita pelo Ministério da Saúde registra um caso importado em uma paciente adulta proveniente das ilhas Fiji, com material inicialmente analisado pelo Lacen-PA e submetido a sequenciamento no Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) que identificou o subclado K do H3N2; até o momento não há evidências de transmissão comunitária associada a essa variante no Brasil.[1][8]
A Organização Mundial da Saúde (OMS) e a Opas/PAHO alertaram para um aumento rápido da circulação do subclado K no Hemisfério Norte e em várias regiões do mundo, especialmente Europa, América do Norte e Ásia, onde a variante passou a representar uma proporção crescente das sequências de influenza relatadas; porém, as autoridades internacionais não registraram alteração significativa na gravidade clínica relacionada a essa variante até agora.[3][5]

Especialistas brasileiros, como Renato Kfouri, vice‑presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), lembram que a emergência de novas variantes do influenza é esperada e faz parte da dinâmica natural do vírus, razão pela qual a vacinação anual é necessária e as vacinas são atualizadas com base nas previsões de circulação.[8][2]
Kfouri ressalta que ainda é prematuro estimar a gravidade, duração ou intensidade da próxima temporada de gripe, porque a predominância de subtipos pode variar — a temporada do Hemisfério Norte está começando e ainda não se sabe se o H3N2 subclado K será o predominante ou se outro subtipo, como H1N1, ganhará força.[8]

Autoridades de saúde e pesquisadores destacam que, mesmo quando ocorre alguma divergência genética entre a vacina e os vírus em circulação, a proteção contra formas graves, hospitalização e morte costuma ser mantida em grau relevante; por isso, a vacinação continua sendo a principal ferramenta de prevenção.[8][10]
A composição da vacina recomendada pela OMS foi atualizada em setembro para incluir cepas mais próximas das que têm sido detectadas, contemplando alterações que aproximam os antígenos do subclado K, o que apoia a expectativa de proteção oferecida pelos imunizantes para a próxima temporada.[3][8]

Além da vacinação, especialistas recomendam medidas de prevenção já conhecidas: higienização frequente das mãos, evitar contato próximo quando houver sintomas respiratórios, uso de máscara em situações de risco e busca por atendimento médico em caso de febre ou piora dos sintomas; para os serviços de saúde, a orientação é fortalecer a vigilância epidemiológica, laboratorial e genômica.[8][5]

Em suma, a detecção do subclado K no Brasil confirma a disseminação global dessa linhagem, mas, conforme avaliação de autoridades e especialistas, não há até o momento evidência de maior gravidade ou de circulação comunitária no país; a prioridade das políticas públicas permanece na vigilância cuidadosa e na ampliação da cobertura vacinal, especialmente entre grupos vulneráveis.[1][3][5][8]

Fonte: Agência Brasil – Matéria Original (Clique para ler)

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