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Especialistas alertam para golpes em ressarcimentos do Banco Master

Investidores do Banco Master enfrentam um duplo desafio após a liquidação extrajudicial da instituição pelo Banco Central: além dos recursos estarem congelados, eles precisam estar atentos a uma onda crescente de golpes que exploram a expectativa pelo ressarcimento garantido pelo Fundo Garantidor de Créditos (FGC). O Banco Master, que oferecia Certificados de Depósito Bancário (CDB) com rendimentos atrativos, foi fechado após meses de dificuldades financeiras e suspeitas de irregularidades, com a prisão de executivos no âmbito de investigações sobre a venda da instituição ao Banco de Brasília (BRB).

O FGC, entidade privada que funciona como um seguro para depósitos e investimentos de até R$ 250 mil por pessoa, assegura o ressarcimento dos valores depositados em bancos que passam por liquidação, como é o caso do Master. No entanto, esse processo não é automático nem imediato: os investidores precisam se cadastrar no aplicativo oficial do FGC, aguardar que o Banco Central envie a lista de credores para validação e só então realizar o pedido formal de ressarcimento, que envolve etapas como biometria e assinatura digital, com o pagamento final ocorrendo em até dois dias úteis após a conclusão do processo. Estima-se que cerca de 1,6 milhão de credores receberão cerca de R$ 41 bilhões — o maior resgate já realizado pela entidade na sua história, superando valores históricos como o do Bamerindus em 1997.

Em meio à ansiedade e à falta de prazo definido para o início dos pagamentos, golpistas têm se aproveitado da situação para aplicar fraudes, prometendo liquidez imediata ou antecipação dos valores garantidos. Essas ofertas geralmente vêm de empresas falsas, advogados ou consultores financeiros não autorizados, e as fraudes se dividem principalmente em duas categorias: ataques de phishing para roubo de dados pessoais e bancários por meio de sites ou apps falsos, links maliciosos, atendentes fraudulentos ou malware instalado em dispositivos dos investidores; e empréstimos predatórios que apresentam adiantamentos enganadores com juros abusivos, consumindo parte do valor a receber dos clientes.

Especialistas em segurança digital alertam que o FGC não utiliza intermediários para o pagamento, não cobra taxas nem oferece qualquer mecanismo para agilizar os ressarcimentos. A garantia do FGC é automática, e toda comunicação oficial ocorre exclusivamente pelo aplicativo do fundo. A pressa induzida pelos cibercriminosos é destacada como a principal arma dos golpistas, e a verificação por canais oficiais constitui o principal antídoto contra essas fraudes.

Para evitar cair em golpes, os investidores são orientados a usar somente os canais oficiais do FGC e do Banco Central, nunca fornecer informações pessoais ou códigos a terceiros, desconfiar de promessas de facilitação ou antecipação de pagamentos, verificar cuidadosamente URLs e evitar baixar aplicativos por links enviados por mensagens não solicitadas. Além disso, é recomendado ativar autenticação em dois fatores, manter antivírus atualizado e confirmar informações antes de agir, especialmente diante de comunicações que criem sensação de urgência.

Com a liquidação do Banco Master, os clientes que tinham aplicações até R$ 250 mil dependem exclusivamente do FGC para recuperar seus recursos, processo que exige paciência e atenção para garantir segurança na devolução do dinheiro, evitando prejuízos adicionais causados por golpes virtuosos que se aproveitam do momento delicado.

Fonte: Agência Brasil – Matéria Original (Clique para ler)
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