Espiritualidade para os dias atuais

Texto VII

Por Diácono Manoel Viana

Venho, através dos meus textos, falando muito da realidade profunda do ser humano de reconhecer que existe uma forma, uma expressão, uma identidade e uma força que está acima de toda criação. É algo que nos remete para as dimensões mais profundas da nossa essência e existência: DEUS. Todos os povos que habitarão e habitam o planeta Terra identificam algo maior que tudo e defini como um ser Superior, com forças, sentimentos e existência eterna.

4Para os povos do Egito, o Deus era o Sol; para os Babilônios era Marduque; para a Pérsia era Aura-masda; para Fenícios era El/Adônis; para os Romanos era Netuno; para os Gregos era Zeus; para os Judeus era Javé (Yahweh) e para os cristãos é a Trindade (Pai, Filho e Espírito Santo). Todas essas definições são realidades vivenciadas por cada povo que, ao se sentirem limitados e contemplando a grandeza do universo, projeta uma imagem e cria uma forma de lidar ou de se relacionar com esse grande mistério.

Como disse um grande místico do passado Eckhart: “Tudo o que você faz e pensa sobre Deus é mais você do que Ele. Se eu tivesse um Deus que pudesse ser compreendido por mim, não gostaria nunca de reconhecê-lo como meu Deus”. Então, surge uma pergunta fundamental: Deus tem uma dimensão pessoal, podemos nos relacionar com Ele? Ou apenas admirá-lo, contemplá-lo e reconhecê-lo que existe? Diante dessa pergunta, me coloco com muita humildade e posso afirmar que procuro ter muito cuidado para que ninguém me escravize com filosofias vãs e enganosas, que se fundamentam nas tradições humanas e nos princípios elementares deste mundo. Deus não é religioso. É para todos universal.

João Pessoa, 20 de abril de 2024.