**Flamengo e PSG disputam a final da Copa Intercontinental no Catar embalados pela busca por glória mundial inédita ou renovada**
Doha, Catar – Embalado pelo mantra de que “o seu povo pede o mundo de novo”, o Flamengo enfrenta o Paris Saint-Germain (PSG), da França, a partir das 14h (horário de Brasília) desta quarta-feira no estádio Ahmad bin Ali, na cidade de Al Rayyan, pela decisão da Copa Intercontinental de Clubes da Fifa. O Rubro-Negro carioca chega ao confronto após eliminar o Cruz Azul, do México, e o Pyramids FC, do Egito, nas fases anteriores, credenciado pela conquista da última Copa Libertadores da América, com o sonho de repetir o título mundial de 1981, quando superou o Liverpool, da Inglaterra.
O técnico Filipe Luís, em entrevista coletiva na véspera do jogo, exaltou a geração de 1981 como a maior da história do clube, responsável por multiplicar o número de torcedores para 40 milhões e inspirar gerações de jogadores como Arthur e Leandro, frutos do legado de Zico. “Nunca nenhuma geração será maior do que a de 1981, que foi a primeira. O fato de existirem 40 milhões de flamenguistas é produto daquela geração”, afirmou o treinador, que agora comanda uma equipe com força máxima, incluindo o atacante Pedro, recuperado de lesão e disponível após atuar contra o Pyramids. A escalação provável tem Rossi; Varela, Danilo, Léo Pereira e Alex Sandro; Pulgar, Jorginho e Arrascaeta; Carrascal, Plata e Bruno Henrique, com Pedro como opção no banco.
Do outro lado, o PSG, campeão inédito da Liga dos Campeões da Europa nesta temporada, entra direto na final por ser o representante europeu e busca seu primeiro troféu mundial de clubes. O time francês já teve uma chance frustrada no ano passado, quando perdeu a decisão da Copa do Mundo de Clubes para o Chelsea, da Inglaterra. “Sabemos da importância deste jogo. Isso representa muito para nós. Marcar a história no PSG foi um objetivo na temporada passada, e também é nesta temporada. É a primeira vez que podemos levar esse troféu”, declarou o técnico Luis Enrique em coletiva de imprensa.
Luis Enrique analisou o adversário brasileiro com respeito, destacando as diferenças em relação a outro duelo recente contra o Botafogo, na Copa do Mundo de Clubes, onde os parisienses foram derrotados. “O Flamengo não atuará fechado como o Botafogo. Joga muito bem com a bola, sai jogando de trás. Sem a bola pressiona muito bem. É um time muito interessante, fisicamente muito forte, com jogadores experientes, de muita qualidade, que sabem jogar jogos importantes. Será uma final apaixonante”, previu o espanhol.
O palco da decisão, o estádio Ahmad bin Ali, com capacidade para cerca de 45 mil torcedores, foi construído para a Copa do Mundo de 2022 no Catar, inspirado nas tradições locais e na paisagem desértica, com uma fachada iluminada de 39 mil metros quadrados que reflete os valores qataris. Após o Mundial, sua capacidade será reduzida para 21 mil lugares, com ênfase em sustentabilidade: mais de 80% dos materiais foram reciclados ou reutilizados, e o entorno inclui campos esportivos, parques e uma linha de metrô para reduzir emissões.
Nas redes sociais, o Flamengo mobiliza sua torcida com mensagens de fé e arte especial, como “Menos de 24 horas para entrarmos em campo e buscar nosso sonho. Por nós. Pelos nossos. PELO MUNDO DE NOVO! VAMOS, FLAMENGOOOOOOO!”. O último treino antes da final reforçou a preparação do elenco, que carrega a motivação de Filipe Luís: “A única coisa que passa pela minha cabeça é estar no melhor nível mental para traçar o plano para vencer esse jogo complicado com o PSG e ser campeão com o Flamengo”. O mundo do futebol acompanha esta colisão entre o talento brasileiro e o estrelado francês, com a promessa de um espetáculo histórico no deserto catari.

