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Força-tarefa deve identificar mortos na operação até o fim de semana

A Operação Contenção, realizada no último dia 28 de outubro nos Complexos do Alemão e da Penha, no Rio de Janeiro, resultou em 121 mortos, dos quais quatro eram policiais, e teve o efetivo de 2,5 mil agentes envolvidos, sendo a maior ação policial no estado nos últimos 15 anos e também a mais letal. Para identificar as vítimas, foi montada uma força-tarefa no Instituto Médico Legal (IML) Afrânio Peixoto, onde estão sendo realizados procedimentos que incluem reconhecimento por familiares, exames de dactiloscopia e testes de DNA. Até o final deste final de semana, a expectativa é concluir a identificação de todos os corpos, embora a divulgação dos nomes ainda esteja pendente e ocorra em momento oportuno. Uma parte significativa dos mortos é de outros estados, o que complica e prolonga o processo de reconhecimento devido à necessidade de comunicação com as polícias técnicas das regiões de origem. Além disso, a Polícia Civil confirmou que foram apreendidas grandes quantidades de armas, explosivos e drogas, embora a droga corresponda a apenas 10% a 15% do faturamento das facções criminosas. O principal alvo da operação, Edgar Alves de Andrade, conhecido como Doca, considerado o principal chefe solto do Comando Vermelho, não foi preso, mas a ação resultou na prisão de 113 pessoas e na apreensão de materiais que podem contribuir para investigações sobre lavagem de dinheiro. Segundo pesquisa recente, o Comando Vermelho é a única facção a expandir seu controle territorial no Grande Rio, alcançando 51,9% das áreas sob domínio criminoso. A operação buscou conter o avanço dessa facção que explora economicamente os territórios por meio de extorsões e controle de serviços essenciais nas comunidades. O governo estadual classificou a ação como um dos maiores golpes já desferidos contra o Comando Vermelho, enquanto o Ministério Público acompanhará com perícia independente os corpos no IML.

Fonte: Agência Brasil – Matéria Original (Clique para ler)