O governo federal anunciou o lançamento do programa “Florestas e Comunidades: Amazônia Viva”, que contará com um investimento de R$ 96,6 milhões, financiado pelo Fundo Amazônia. A iniciativa, conduzida pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) em parceria com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e os ministérios do Meio Ambiente e Mudança do Clima, do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, entre outros, tem como objetivo promover o fortalecimento das cadeias produtivas de recursos naturais da Amazônia, como o cupuaçu, o açaí e o pirarucu, ampliando o acesso dos produtos da floresta ao mercado consumidor.
O programa será executado ao longo de dois anos e busca intensificar o fornecimento de alimentos originários da sociobiodiversidade e da agricultura familiar para importantes políticas públicas, como o Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae) e o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA). Para isso, serão realizados investimentos em infraestrutura logística, como a compra de lanchas para transporte fluvial, além da instalação de silos secadores e melhorias que facilitam o beneficiamento e escoamento dos produtos extrativistas, garantindo melhores condições para comunidades indígenas, quilombolas, extrativistas e agricultores familiares.
Segundo o presidente da Conab, João Edegar Pretto, trata-se de um legado que o governo brasileiro deseja deixar para os povos da floresta, valorizando os produtos da sociobiodiversidade com a visibilidade que merecem, semelhante a outros destaques da economia nacional. O programa visa, além da geração de renda e fortalecimento econômico dessas comunidades, promover a segurança alimentar, a conservação ambiental e a valorização dos saberes tradicionais da região, consolidando as populações locais como protagonistas de suas economias e reduzindo suas vulnerabilidades.
Essa iniciativa integra um esforço mais amplo de políticas públicas para a Amazônia, alinhando-se a outras ações do BNDES e do Fundo Amazônia que apoiam a restauração ecológica, o manejo sustentável e a inovação tecnológica para a proteção do bioma amazônico. A expectativa é que o programa “Amazônia Viva” contribua significativamente para transformar as cadeias produtivas da floresta, promovendo um desenvolvimento sustentável, inclusivo e alinhado aos desafios ambientais da região.

