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Governo anuncia envio de equipes para região destruída por ciclone

O município de Rio Bonito do Iguaçu, no Centro-Sul do Paraná, foi severamente devastado por um tornado classificado preliminarmente como nível F2 na escala Fujita, com ventos estimados entre 180 km/h e 250 km/h, podendo ter alcançado picos superiores a 250 km/h em algumas áreas. O fenômeno atingiu a cidade na tarde da sexta-feira, 7 de novembro de 2025, causando a destruição de cerca de 80% da área urbana, incluindo residências, comércios e prédios públicos. O impacto foi tão grave que o cenário foi comparado a uma “zona de guerra”, com destelhamentos totais e colapsos estruturais, além de danos extensos à malha viária e à rede elétrica, resultando em quedas de energia para parte da população.

A Defesa Civil do Paraná confirmou quatro mortes em Rio Bonito do Iguaçu e mais de 430 feridos, além da possibilidade de vítimas ainda soterradas sob escombros. Um hospital de campanha foi instalado para atender à demanda crescente, enquanto equipes do Corpo de Bombeiros de várias regiões do estado, apoiadas por ambulâncias e aeronaves, trabalham intensamente nas operações de busca e salvamento. O governador do estado, Ratinho Júnior, ressaltou que não se tem registro de um tornado dessa magnitude na região nos últimos 30 anos, classificando o evento como um dos mais fortes já observados.

O fenômeno foi associado a uma supercélula dentro de uma frente fria e ciclone extratropical que atravessou o Paraná, coincidindo com temporais, granizo e fortes rajadas de vento em várias regiões. Além de Rio Bonito do Iguaçu, outros municípios como Candói, Laranjeiras do Sul e Guarapuava também sofreram danos significativos devido às tempestades.

Em resposta, o governo federal anunciou o envio imediato de equipes de ajuda humanitária e apoio para as ações de reconstrução nos municípios afetados, com o ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, mantendo contato direto com os prefeitos para auxiliar nas medidas emergenciais. A ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, expressou solidariedade às famílias impactadas, destacando a importância da união entre governos e sociedade para superar os danos causados.

O Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar) segue avaliando os impactos do tornado, que fez parte de um complexo sistema meteorológico envolvendo ciclones e frentes frias, com previsão de chuvas e tempestades para as próximas horas em outras regiões do estado e estados vizinhos. Enquanto isso, as equipes seguem intensificando os esforços para o socorro imediato, enfrentando um dos eventos climáticos mais graves da história recente do Paraná.

Fonte: Agência Brasil – Matéria Original (Clique para ler)