O ministro da Previdência Social, Wolney Queiroz, anunciou que o governo está avaliando a possibilidade de realizar uma busca ativa para localizar aposentados e pensionistas que sofreram descontos indevidos nos benefícios do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e ainda não solicitaram o ressarcimento desses valores. A ação pretende focar especialmente em grupos que enfrentam dificuldades para acessar as agências ou o aplicativo Meu INSS, como comunidades quilombolas, ribeirinhas e pessoas com mais de 80 anos. No entanto, o ministro ressaltou que essa busca ativa deve ocorrer apenas ao final do novo prazo concedido para o pedido de devolução, que foi prorrogado até 14 de fevereiro de 2026.
Até o momento, cerca de 3,7 milhões de beneficiários já foram ressarcidos, totalizando R$ 2,5 bilhões devolvidos, mas estima-se que aproximadamente 9 milhões ainda tenham direito ao reembolso dos descontos indevidos. A cautela do governo em adiar a busca ativa para o final do prazo visa evitar fraudes, como aproveitamento de pessoas que possam se passar por agentes do INSS para abordar indevidamente os aposentados.
Com a prorrogação do prazo, o governo amplia a oportunidade para que beneficiários realizem o pedido de ressarcimento, reforçando o compromisso de garantir o ressarcimento justo e acessível, especialmente para aqueles com dificuldades de acesso por meios digitais ou presenciais. A iniciativa busca fortalecer a confiança dos aposentados e pensionistas no sistema previdenciário, ao evitar que descontos indevidos permaneçam sem solução e ampliar o alcance da devolução dos valores devidos.
