O segundo dia da greve nacional dos petroleiros, deflagrada em 15 de dezembro, ampliou-se nesta terça-feira (16) com a adesão de novas unidades em diferentes regiões do país, incluindo a Refinaria Alberto Pasqualini (Refap), no Rio Grande do Sul, e unidades no Ceará como a Fábrica de Lubrificantes do Nordeste (Lubnor), a Termoceará e o terminal de Mucuripe, segundo relatos das federações sindicais.[5][2][9]
A Federação Única dos Petroleiros (FUP) informou que a paralisação também ganhou reforços no Rio Grande do Norte, com a entrada dos trabalhadores da Usina Termelétrica do Vale do Açu e dos médicos do setor de Saúde, Meio Ambiente e Segurança (SMS) da companhia, além da Bahia, onde houve adesão de trabalhadores da Usina de Biodiesel de Candeias; na Bacia de Campos, no norte fluminense, 22 plataformas já foram entregues às equipes de contingência, de acordo com a FUP.[9][5]
De acordo com balanços divulgados pelas federações, a paralisação nas bases operacionais da FUP atinge, até o segundo dia, oito refinarias, 24 plataformas, dez unidades da Transpetro, quatro termelétricas, duas usinas de biodiesel e campos terrestres incluindo a Unidade de Tratamento de Gás de Cabiúnas (UTGCAB) e a Estação de Compressão de Paulínia (TBG).[5][4][9]
Os sindicatos afirmam que o movimento é por tempo indeterminado e tem como objetivo forçar a Petrobras a apresentar uma nova contraproposta ao Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) 2025–2026 que atenda aos três eixos da pauta da categoria: distribuição mais justa da riqueza gerada pela empresa; fim dos equacionamentos da Petros; e reconhecimento da pauta pelo Brasil Soberano, com suspensão de privatizações e das demissões na área de Exploração e Produção.[5][1][12]
A mobilização incluiu atos públicos e cortes de rendição em unidades como a Refap, com participação de lideranças sindicais e de movimentos sociais, e denúncias de repressão em algumas bases, conforme relatos de dirigentes sindicais.[2][6] As federações também divulgaram orientações para fortalecimento do movimento e destacaram a continuidade da greve enquanto não houver avanço satisfatório nas negociações.[7][9]
A Petrobras foi procurada para comentar a paralisação, mas não havia respondido às solicitações da imprensa até o fechamento das matérias citadas.[5][4]

