Ana*, de 28 anos, e outras jovens do Distrito Federal foram vítimas de um golpe aplicado por uma agência de modelos chamada Brain, que prometia trabalhos remunerados, mas exigia pagamentos antecipados para divulgação de fotos. Ela recebeu um convite pela internet para atuar como modelo e, acreditando na promessa, chegou a usar o cheque especial para pagar cerca de R$ 2 mil à agência para divulgação de seu portfólio a potenciais clientes. O único trabalho que recebeu foi um serviço supostamente para uma loja de óculos, que pagaria R$ 700, valor que foi abatido do que devia à agência. Depois disso, não houve mais trabalhos e Ana percebeu que havia sido enganada.
Outras mulheres passaram pela mesma situação e, ao se encontrarem em grupos de mensagens, confirmaram as semelhanças de seus relatos, o que revelou um esquema de fraude em que as vítimas pagavam por serviços que nunca eram efetivamente prestados. Pelo menos dez dessas clientes formalizaram uma ação judicial contra a Brain, exigindo a rescisão dos contratos e a devolução dos valores pagos, que somam aproximadamente R$ 53 mil. A agência tem um prazo para se defender no processo, mas até o momento não houve tentativa de conciliação.
O golpe, marcado pela promessa de uma carreira promissora e pelo pagamento antecipado para produção de material promocional, frustrou financeiramente as vítimas e causou grandes danos emocionais, já que muitas confiavam em uma oportunidade legítima que nunca se concretizou. Esse tipo de golpe, que oferece promessas de contratos e trabalhos sem garantir resultados, tem se tornado frequente no setor de agenciamento de modelos, alertando para a necessidade de cautela na contratação de serviços desse tipo.
