O Hospital DF Star, em Brasília, confirmou a realização da cirurgia de herniorrafia inguinal bilateral no ex-presidente Jair Bolsonaro para esta quinta-feira, às 9h. O procedimento, autorizado pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, ocorre em meio à pena de 27 anos e três meses de prisão imposta a Bolsonaro pela trama golpista.
Nesta quarta-feira, Bolsonaro foi transferido da Superintendência da Polícia Federal para o hospital, localizado a cerca de 2,5 km de distância, na Asa Sul da capital federal. Ele deixou a PF por volta das 9h29, chegou à unidade às 9h33 e foi internado às 9h30, escoltado por um comboio discreto da corporação e acompanhado pela esposa, Michelle Bolsonaro. Antes da cirurgia, o ex-presidente passou por exames pré-operatórios, incluindo avaliação cardiológica e de risco cirúrgico, sendo considerado apto pelos médicos.
A intervenção será realizada sob anestesia geral, com duração estimada de até quatro horas. A equipe médica avalia a necessidade de um bloqueio anestésico do nervo frênico durante a internação, dependendo da evolução pós-operatória e da condição clínica de Bolsonaro. Esse bloqueio visa interromper temporariamente a função do diafragma para reduzir episódios de soluço persistentes, decorrentes de alterações gastrointestinais ligadas à facada sofrida pelo ex-presidente em 2018.
Ao longo de toda a internação, que pode durar de cinco a sete dias para cuidados como analgesia, fisioterapia e prevenção de complicações como trombose, Bolsonaro ficará sob vigilância ininterrupta da Polícia Federal. Dois agentes permanecerão na porta do quarto 24 horas por dia, com equipes adicionais dentro e fora do hospital, conforme determinação de Moraes, garantindo segurança e discrição no local equipado com tecnologia avançada para cirurgias de alta complexidade. Após a alta médica, ele retornará à prisão.

