Deflagrada pela Polícia Federal nesta terça-feira (11), a operação Livro Aberto apura desvios milionários ocorridos em contratos firmados pela Secretaria de Educação do Estado da Paraíba. A investigação teve início a partir de delação premiada de ex-procuradora, que cita o senador Efraim Filho (UNIÃO) pelo recebimento de R$ 2 milhões.
O Superior Tribunal de Justiça (STJ) expediu 12 mandados de busca e apreensão. Entre os investigados estão o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado, Arthur Cunha Lima (Arthurzinho), e os deputados estaduais Lindolfo Pires, Branco Mendes, Tião Gomes e Edmilson Soares.
As investigações da PF se originaram numa delação premiada feita pela ex-procuradora-geral do Estado da Paraíba, Livânia Farias, na Operação Calvário. De acordo com uma matéria do Estadão de 07/01/2020, além dos seis deputados estaduais, Livânia Farias citou repasse de R$ 4 milhões, em espécie, ao ex-governador Ricardo Coutinho.
A ex-procuradora delatou também o senador Efraim Filho (União Brasil), que ocupava, nessa época, o cargo de deputado federal. Efraim teria obtido R$ 2 milhões para apoiar a reeleição do então governador Ricardo Coutinho.
Além de Efraim, Livânia Farias também mencionou Nabor Wanderley, atualmente prefeito de Patos e deputado estadual à época, além do seu filho, Hugo Motta, deputado federal pelo Republicanos.
Segundo a mesma matéria, “Em outro anexo, Livânia cita um suposto acordo envolvendo pagamentos de R$ 1 milhão a fornecedores em contratos da extinta Empresa Paraibana de Serviços Agrícolas (Empasa) a fornecedores, que teria envolvido tratativas com o deputado federal Hugo Motta (Republicanos) e seu pai, o deputado estadual Nabor Wanderley”.
Curiosamente, nem Efraim Filho, nem Hugo Motta, nem Nabor Wanderley foram incluídos entre os investigados da Operação Livro Aberto iniciada na última terça-feira.