No estado do Rio de Janeiro, a meta de 95% de vacinação contra a poliomielite não vem sendo atingida desde 2016. Esse desafio é especialmente preocupante, considerando que uma geração com quase 40 anos de idade nunca presenciou os efeitos devastadores da paralisia infantil. Celebrado recentemente, o Dia Mundial de Combate à Poliomielite chamou a atenção para a importância de uma vacinação adequada, pois a população fluminense está em risco de ser surpreendida por possíveis casos.
Desde 1987, quando foi registrado o último caso de poliomielite no estado, não houve mais ocorrências da doença. No entanto, os baixos índices de vacinação nos últimos anos colocam essa conquista em risco. A Secretaria de Estado de Saúde (SES-RJ) apela para que a população aproveite a Campanha Nacional de Multivacinação até o final do mês para atualizar a vacinação das crianças que ainda não receberam o imunizante contra a poliomielite.
A figura icônica de “Zé Gotinha” foi fundamental na campanha contra a pólio no Brasil, ajudando a erradicar a doença. A secretária de Estado de Saúde, Claudia Mello, enfatiza a importância de manter altas coberturas vacinais para evitar o retorno da poliomielite, que é uma doença grave. Embora os índices de vacinação tenham aumentado nos últimos anos, o estado ainda está longe de atingir a meta necessária.
A SES-RJ também está trabalhando para ampliar a cobertura vacinal contra outras doenças. A campanha oferece todas as vacinas do calendário nacional, com foco no resgate de crianças e adolescentes com doses atrasadas. Para a poliomielite, o objetivo é garantir que menores de 5 anos completem o esquema de vacinação com doses injetáveis, substituindo a vacina oral utilizada anteriormente. A vacina deve ser administrada em quatro doses: aos 2, 4 e 6 meses, e uma dose de reforço aos 15 meses.
A coordenadora de Vigilância Epidemiológica da SES-RJ, Cristina Giordano, destaca que manter a vacinação em dia é crucial, não apenas para prevenir a poliomielite, mas também para evitar a reintrodução da doença no Brasil, considerando que o vírus ainda circula em outros países. A vacinação é a única forma eficaz de prevenção contra a poliomielite, e a população deve estar sempre atenta à necessidade de manter suas vacinas atualizadas.

