Um incêndio de grandes proporções atingiu o Centro Estadual de Abastecimento do Rio (Ceasa), localizado em Irajá, na zona norte do Rio de Janeiro, na madrugada desta quarta-feira (3). O fogo começou por volta de 1h30 em uma loja de alimentos e se espalhou rapidamente para estabelecimentos vizinhos que comercializavam materiais altamente inflamáveis, como plásticos, papéis e bebidas, o que acelerou a propagação das chamas. As equipes do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio de Janeiro mobilizaram mais de 100 bombeiros, distribuídos em sete quartéis, para combater o incêndio, que persistia no início da manhã, apesar de estar controlado e sem risco de se alastrar para outras áreas.
Até o momento, não foram registrados feridos nem desaparecidos. O fogo atingiu cerca de 28 boxes, causando prejuízos significativos ainda sem uma estimativa definitiva, e provocou a interdição total dos pavilhões 43 e 44 do Ceasa, além do isolamento parcial do pavilhão 42, enquanto as demais áreas continuam funcionando normalmente. O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, que esteve no local, afirmou que a grande quantidade de material estocado contribuiu para a rápida propagação do incêndio, mas garantiu que não haverá risco de desabastecimento na cidade, principalmente em um período de maior demanda por conta das festas de fim de ano.
Os lojistas afetados enfrentam grandes perdas. Mairo Geovanini, cuja família tem uma loja especializada na venda de batatas para fritura atingida pelas chamas, relatou a dificuldade do comércio diante da situação e pediu auxílio ao prefeito. O Ceasa informou que após a finalização da perícia que investigará as causas do incêndio, iniciará negociações com o governo estadual para definir formas de apoio aos comerciantes prejudicados.
As autoridades seguem trabalhando para extinguir completamente as chamas e garantir a segurança no local, enquanto a Polícia Civil se prepara para investigar o que provocou o início do incêndio, com indícios apontando para um curto-circuito como possível causa.
