Nesta segunda-feira, 20 de outubro, usuários do sistema Pix relataram instabilidade e interrupções em transferências e pagamentos em diferentes cidades do país, especialmente em grandes centros urbanos como São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador, Fortaleza, Curitiba e Recife. O episódio coincidiu com uma falha global nos serviços de computação em nuvem da Amazon Web Services (AWS), que afetou plataformas digitais em todo o mundo, incluindo aplicativos de comércio eletrônico, entretenimento e tecnologia financeira. Segundo o site Down Detector, as primeiras reclamações começaram por volta das 4h da manhã, horário de Brasília, e se intensificaram ao longo do dia, com picos de 160 relatos por minuto às 11h30, 176 às 11h40 e aproximadamente 272 às 14h17. Bancos tradicionais, como Bradesco, Itaú e Caixa Econômica Federal, bem como fintechs, registraram aumento expressivo de queixas, enquanto o Banco do Brasil normalizou o atendimento no período da tarde.
A Amazônia Web Services, divisão da Amazon responsável pela infraestrutura de computação em nuvem, anunciou dificuldades técnicas na região US-East-1, nos Estados Unidos, base que serve empresas de diversos segmentos, incluindo o setor financeiro. A pane global atingiu desde serviços de entretenimento até grandes plataformas de comércio eletrônico e aplicativos de entretenimento no Brasil e no mundo. Embora o Banco Central assegure que seus sistemas operam normalmente e monitora o desempenho das instituições participantes do Pix, o órgão não confirmou se a instabilidade está diretamente ligada à falha da AWS. Seguidores de tecnologia argumentam que, diante da coincidência dos horários, serviços financeiros hospedados ou conectados a infraestruturas em nuvem podem ter sido impactados indiretamente pela crise. Em meio à crise, usuários buscaram intensamente informações sobre o Pix e fintechs na internet, refletindo a preocupação com a interrupção do instrumento de pagamento mais utilizado no país. À tarde, parte dos serviços já retornava à normalidade, mas o episódio destaca o grau de dependência do sistema financeiro nacional em relação a plataformas globais de tecnologia.
