Fotos: Francisco França
O governador João Azevêdo prestigiou, na noite dessa segunda-feira (22), no Centro de Convenções de João Pessoa, o Grande Concerto do Projeto de Inclusão através da Música e das Artes (Prima) — edição 2025, que homenageou o cantor Chico César. No Teatro Pedra do Reino, 60 coralistas e 220 musicistas, entre alunos e professores, sob regência do maestro Rainere Travassos, fizeram uma apresentação histórica para comemorar os 13 anos do projeto, que tem mudado a vida de crianças e adolescentes da Paraíba.
Na plateia, amigos, pais, irmãos, tios, o público em geral e autoridades, como o vice-governador Lucas Ribeiro, o secretário de Estado da Infraestrutura e Recursos Hídricos (SEIRH), Deusdete Queiroga, e a presidente da Fundação Espaço Cultural (Funesc), Bia Cagliani. O evento foi prestigiado, ainda, pela primeira-dama do Estado, Ana Maria Lins, e pela segunda-dama Camila Mariz.
João Azevêdo observou que, ao reunir diferentes polos, alcançando os mesmos resultados, o Grande Concerto demonstra o quanto o Prima está consolidado como política pública de inclusão. “Ano passado, o concerto do Prima foi no Espaço Cultural. Eu disse que a gente tinha de fazer uma apresentação do tamanho do Prima. Hoje nós fizemos, verdadeiramente, uma apresentação do tamanho do Prima — essa gigantesca política pública que está aí funcionando e integrando tantos jovens. É uma alegria extraordinária — a apresentação de Chico César, que foi muito generoso, fez desta noite algo inesquecível. Vida longa ao Prima, que ele possa integrar cada vez mais jovens para que a gente tenha mais noites como a de hoje”, ressaltou o governador.
O secretário de Estado da Cultura (Secult), Pedro Santos, observou que a apresentação do Prima em um espaço como o Teatro Pedra do Reino só reforça o caráter inclusivo do projeto, que está presente em 16 polos. “O Grande Concerto do Prima é um momento em que esses jovens mostram tudo o que aprenderam ao longo do ano e, nesse sentido, é também uma prestação de contas da nossa gestão à sociedade. Essa apresentação, nesse espaço consagrado, que é o Teatro Pedra do Reino, ao lado de um nome como Chico César, é um momento de intercâmbio, de trocas entre esses jovens, em que se reafirma o poder da arte como caminho de inclusão”, comentou.
“Esse momento representa o caráter transformador do Prima — já homenageamos grandes nomes da nossa música, como Jackson do Pandeiro e Sivuca. E hoje, esses jovens tiveram o privilégio de estar ao lado de Chico César, de igual grandeza. Com certeza, a noite será a inspiração para que cada vez mais esses jovens se dediquem ao projeto”, emendou Milton Dornellas, diretor de Gestão do Prima.
Estado de poesia — Pouco antes da apresentação, Chico César usou o título de uma de suas músicas para definir a apresentação dele com a Orquestra do Prima. “Desde ontem, eu estou em ‘estado de poesia’, porque estamos fazendo música com pessoas muito jovens e muito competentes. Na passagem de som, eu senti que o caldo é grosso, que vem daí algo de muita sustança. A música da Paraíba mudou com o Prima”, externou.
Chico César também falou da emoção de ser homenageado pelo projeto, do qual ele participou no início. “Ser homenageado na minha própria Terra, em qualquer circunstância, é motivo de júbilo para mim. Você ter o reconhecimento por uma trajetória alegra muito o coração da gente. Eu me sinto como um desses jovens — quando eu tinha 14 anos, não existia um projeto como o Prima, que multiplica orquestras por todo o estado”, observou.
Já o maestro Rainere Travassos destacou que o Grande Concerto do Prima é um momento de reafirmação do projeto. “As expectativas são as melhores possíveis — depois de muito ensaio, de muitas viagens, chega agora este grande momento, em que o Prima reafirma a sua existência na sua missão de incluir através da música. O Prima é algo robusto e consolidado”, completou.
Aos 15 anos e há menos de dois anos no Prima, a patoense Isabelly Brasil sabe exatamente o que significa a oportunidade de se apresentar ao lado de Chico César. “Foi incrível o ensaio de agora com ele — mesmo estando há apenas um ano e meio nesse projeto, me dediquei bastante e consigo tocar violino sem dificuldades. Por isso, as expectativas são as melhores. Minha irmã, que é muito fã de Chico, disse que os aplausos vão ser para nós dois. Estou muito feliz com esse momento”, disse.
Gabriel Medeiros, de 15 anos, está no Prima desde os sete. “Esse projeto mudou muita coisa na minha vida — a maneira de eu ver as coisas, as minhas amizades, me deixou mais paciente e perseverante. E um momento como esse me deixa tão emocionado que não sei nem dizer”, comentou.
Repertório – O concerto foi estruturado por momentos. No primeiro, a orquestra formada só por alunos do programa tocou seis músicas que são: Symphony № 1, de Gustav Mahler; Aragonaise, de Geordes Bizet; New World Symphony, de Atonin Dvorak; Coisa № 1, de Moacir Santos; Floresta Azul, de Letieres Leite e um Pout – Pourri Natalino, de Folk Song.
No segundo momento, Chico César com a orquestra do Prima, apresentaram as músicas: Pensar em você; Estado de Poesia; Palavra Mágica; À primeira vista; Negão/Mand’ela, de composição de Chico César e a última música do segundo momento, Mama África/Brilho de Beleza/Para não dizer que não falei das flores, de composição de Chico César, Negro Tanga e Geraldo Vandré.
No terceiro momento, final do concerto, houve a apresentação de Chico César, coro e orquestra do Prima, com as músicas: Paraíba meu amor e Deus me proteja, de Chico César. Por fim foi apresentada a música, Pedra de Responsa, de Chico César e Zeca Baleiro.

