O lançamento do foguete Hanbit-Nano, da empresa sul-coreana Innospace, a partir do Centro de Lançamento de Alcântara, no Maranhão, foi reagendado para as 15h45 desta segunda-feira (22), último dia da janela de lançamento, segundo a Força Aérea Brasileira.
Inicialmente previsto para quarta-feira (17), o voo foi adiado após a detecção de uma anomalia no sistema de refrigeração do oxidante do combustível durante averiguações finais. A equipe optou por trocar os componentes afetados para garantir a segurança. Uma nova tentativa ocorreu na sexta-feira (19), mas foi interrompida por mau funcionamento de uma válvula de ventilação no tanque de metano líquido do segundo estágio.
Essa válvula é essencial para controlar a pressão na parte superior do veículo lançador. Se não fechar corretamente, a pressão interna pode aumentar e causar falha estrutural, explicou a Innospace em nota. Após a suspensão, os combustíveis foram drenados com segurança, o foguete posicionado horizontalmente na base e realizada uma inspeção completa. Nenhuma outra anomalia foi encontrada. Uma válvula reserva será instalada, seguida de testes finais baseados na análise da causa raiz.
Com 21,8 metros de comprimento, 1,4 metro de diâmetro e 20 toneladas, o Hanbit-Nano pode marcar o primeiro lançamento comercial de um veículo espacial do território brasileiro. Ele levará oito cargas úteis para órbita baixa da Terra, a cerca de 300 km de altitude e inclinação de 40 graus: cinco pequenos satélites e três experimentos de instituições e empresas do Brasil e da Índia.
A operação, coordenada pela Força Aérea Brasileira, será transmitida ao vivo pelo canal da Innospace no YouTube. Esse marco destaca Alcântara como base estratégica para missões orbitais e posiciona o Brasil no mercado global de lançamentos espaciais comerciais.

