Lô Borges, um dos maiores nomes da música popular brasileira e integrante fundador do influente movimento Clube da Esquina, faleceu na noite de domingo, 2 de novembro de 2025, aos 73 anos, em Belo Horizonte. A causa da morte foi falência múltipla de órgãos, após uma internação de 18 dias no Hospital Unimed devido a uma intoxicação medicamentosa, que o levou a complicações graves como a necessidade de traqueostomia e hemodiálise.
Nascido Salomão Borges Filho em Belo Horizonte, Lô Borges teve seu talento musical revelado ainda na infância, quando se mudou para o centro da capital mineira, onde conheceu Milton Nascimento, futuro parceiro artístico e cofundador do Clube da Esquina. A partir daí, Lô Borges participou ativamente do movimento que misturou elementos do rock, jazz, música psicodélica e MPB, criando uma sonoridade inovadora e complexa que revolucionou a música brasileira nos anos 1970 e 1980.
O álbum homônimo “Clube da Esquina”, lançado em 1972, é considerado um marco na história da música nacional, combinando arreglos sofisticados e uma mistura rica de influências. Lô Borges, juntamente com Milton Nascimento, proporcionou ao Brasil canções icônicas como “O Trem Azul”, “Um Girassol da Cor do Seu Cabelo”, “Tudo Que Você Podia Ser” e “Nada Será Como Antes”. A obra do artista também foi interpretada por nomes como Tom Jobim, Elis Regina, Flávio Venturini, Beto Guedes e Skank, evidenciando sua influência abrangente.
Além da contribuição crucial ao Clube da Esquina, Lô Borges manteve uma carreira solo ativa, lançando projetos recentes até 2025, incluindo álbuns ao vivo e colaborações com outros artistas contemporâneos. Sua passagem deixa um legado indelével na cultura musical brasileira, fruto de uma trajetória marcada pela inovação, parcerias históricas e composições que continuam a emocionar gerações. A morte do artista foi amplamente lamentada por fãs, músicos e pela imprensa nacional, que reconhecem sua importância como um dos pilares da música popular brasileira das últimas décadas.
